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Ataques a escolas e ascensão do bolsonarismo não são coincidência

Por Helcio Albano

O assassino de Aracruz/Reprodução
O assassino de Aracruz/Reprodução

Hoje pela manhã abro a tela do noticiário e leio, estupefato, que quatro crianças foram mortas estraçalhadas a machadadas numa creche em Santa Catarina por um homem de 25 anos. Na semana passada, um garoto de 13 matou uma professora, de 71, numa escola estadual de São Paulo.


Em Aracruz, no Espírito Santo, um adolescente de 16 anos matou a tiros 3 pessoas entre professores e estudantes em novembro do ano passado. E outros casos ocorreram em outros e nos mesmos estados mostrando que o massacre de Realengo, em 2011, não seria um caso isolado, mas uma sinistra tendência que se intensificaria nos anos posteriores, principalmente a partir de 2019.



O Brasil é estruturalmente violento, mas os ataques coordenados a escolas e creches, como nesta manhã, são uma novidade e, ao que parece, veio pra ficar. Pelo menos na opinião de especialistas que estudam o tema. E todos eles relacionam o fenômeno à ascensão da extrema-direita no país emulando o que há de pior e recorrente nos EUA, que há muito normalizou e convive entorpecido com o terrorismo doméstico.


O que se convencionou chamar de bolsonarismo catalisa essas e outras expressões de ódio e também os normaliza, por exemplo, quando defende o armamento indiscriminado da população e relativiza o racismo, a misoginia e ações de grupos reconhecidamente fascistas e neonazistas. Como o jovem de Aracruz e tantos outros envolvidos no mesmo tipo de massacre.


O bolsonarismo não inventou nada disso, mas reuniu e organizou toda essa desgraça em força social e política a partir do medo, o combustível do caos que o favorece.



>>> Este texto foi atualizado às 16:04 horas.


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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.


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