Blumenau e Maré: faces do mesmo bolsonarismo
Por Helcio Albano
Nesta quarta, 5 de abril do ano da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de 2023, vimos, ouvimos e sentimos em rádios, telas de TV e smartphones o HORROR que é ser e estar brasileiro. Duas invasões a escolas. O HORROR e o desespero a tomaram com a mesma pulsão de morte, de ódio. Esse combustível que faz girar a roda de nossa desgraça; a desgraça do bolsonarismo.
Sabe-se que o facínora que trucidou a machadadas 4 crianças e feriu outras 4 numa creche em Blumenau (SC) é adorador da besta e a ele servia à propagação da maldade homicida em suas redes sociais.
No exato momento da chacina no Sul, policiais invadiam com caveirões e fuzis uma escola na favela da Maré. As imagens das crianças ao chão da quadra de esportes com os blindados e homens fortemente armados compondo a paisagem arquitetônica dos Cieps correram mundo e constituem o pior dos pesadelos de Brizola, Darcy e Niemeyer. E, mais ainda, a certeza de nosso fracasso.
O ministro dos DHs, Silvio Almeida, numa cerimônia de apresentação da nova cartilha dos Conselhos Tutelares, realizada no exato momento da chacina e da invasão celerada da Polícia a uma escola, afirmou: "Estamos falhando miseravelmente com nossas crianças". Pausou e chorou. E quando todos esperavam dele impotência diante de tamanha tragédia e desgraça, nos conclamou a reagir e sair da letargia. "Não podemos aceitar que matem nosso futuro, a nossa esperança”.
No exato momento da chacina, da invasão à escola e da fala do ministro, o símbolo maior de nossa desgraça prestava depoimento à PF sobre as joias que roubou...
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.