Claudia Sheinbaum assume presidência no México prometendo maiores direitos sociais e crescimento econômico

A posse da presidente do México, Claudia Sheinbaum, nesta terça-feira (1), foi marcada pelo que ela chamou de “início da segunda fase da Quarta Transformação”. Em discurso no Congresso mexicano, Sheinbaum foi nomeada a primeira mulher presidenta da história do México, falou sobre as propostas para os diferentes setores e reforçou que o processo de mudança social está apenas começando no México.
O nome Quarta Transformação foi dado pelo ex-presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO) para definir as mudanças políticas, sociais e econômicas de seu governo.
Sheinbaum afirma que essa política entra agora em um novo estágio, de ampliação ainda maior dos direitos sociais e crescimento econômico. Além disso, ela destacou que a chegada de uma “presidenta” ao poder no México é um marco na história do país.
“Começa a segunda etapa da Quarta Transformação da vida pública do México. Depois de 503 anos, chegamos agora, as mulheres, para conduzir o destino da nação. Não chego sozinha, chegam todas. O povo do México disse de forma clara que é tempo de transformação e de mulheres. Durante muito tempo as mulheres foram anuladas. Agora, os tempos são outros”, afirmou.
Ela também destacou a importância das mulheres para a sociedade mexicana e lembrou da participação de mulheres na revolução de 1910.
Logo no início do seu discurso, ela elogiou Obrador. Segundo Sheimbaun, o ex-presidente foi “um dos grandes, o dirigente político e lutador social mais importante da história moderna. O presidente mais querido, só comparado a Lázaro Cárdenas”. Durante a cerimônia, a presidenta eleita olhou para AMLO, que passou a faixa presidencial para ela e disse: “Você não precisou colocar nome em ruas, avenidas e bairros. Você estará sempre no coração do povo do México”.
A presidenta destacou os feitos do governo, como tirar 9,5 milhões de mexicanos da linha da pobreza, de acordo com o Banco Mundial, o que representa 8% da população mexicana. Sheinbaum disse que isso foi conquistado sem precisar de políticas neoliberais ou ajustes fiscais.
“9,5 milhões de mexicanos saíram da pobreza. Como somos um dos países com menos desemprego? Como subimos o salário mínimo e não aumentamos a inflação? A resposta é que mudamos o modelo de desenvolvimento do país. Do fracassado modelo neoliberal do regime de corrupção e privilégios passamos para o humanismo mexicano. Por isso, falamos de uma transformação profunda”, disse.
A ênfase em uma política antiliberal também foi marcante na cerimônia de posse. Para ela, o período de 36 anos de neoliberalismo, antes da chegada de Obrador ao poder, custou muito ao povo e construiu ideias de que a liberdade só existiria em uma sociedade regida pelo mercado e de que a corrupção é inerente ao governo. De acordo com ela, tudo isso é falso e foi possível crescer a economia reduzindo desigualdades.
Os presidentes Lula, (Brasil), Gustavo Petro (Colômbia), Gabriel Boric (Chile) e Xiomara Castro (Honduras) estiveram na cerimônia e foram mencionados pela presidenta durante a posse.
*Com informações Brasil de Fato
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