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Comissão de ética deve analisar situação de Paulo Eduardo Gomes

Os trâmites seguirão conforme o regimento interno da Casa

Paulo Eduardo Gomes/Foto: Reprodução Internet
Paulo Eduardo Gomes/Foto: Reprodução Internet

De A Tribuna - A Câmara de Niterói já abriu os trabalhos de maneira oficial em uma solenidade na segunda (2), com a primeira reunião marcada para esta terça (3) no colégio de líderes. Mas é a Comissão de Ética que deve analisar nos próximos dias uma situação mais delicada. A que envolve o vereador Paulo Eduardo Gomes (Psol).



Após as declarações lesbofóbicas contra a parlamentar Verônica Lima, o psolista se encontra afastado por 60 dias. Além disso, de acordo com a assessoria dele, se encontra com os subsídios cortados desde 12 de julho. Mas ainda não se sabe como a comissão vai analisar a postura de Paulo Eduardo.



Oficialmente, a Comissão de Ética recebeu o pedido da vereadora Verônica e os trâmites seguirão conforme o regimento interno da Casa. Só que, como o presidente era justamente Paulo Eduardo, até o momento não houve tempo hábil para que os integrantes se reunissem para saber quem será o novo presidente. Só a partir daí é que o caso terá continuidade.

Verônica Lima espera que a comissão faça a análise de forma justa, com uma “punição à altura”.



“Fiz o meu papel de entrar com o pedido na Comissão da Ética da Câmara Municipal de Niterói e espero que a justiça seja feita na justa medida da violência que foi cometida contra mim. As violências que eu sofri: lesbofobia, racismo, machismo, que se caracteriza como uma violência política de gênero. Espero que essa quebra de decoro, como considero que aconteceu, receba uma punição a altura da gravidade do ato”, declarou Verônica.

Questionada já desculpou o vereador, a petista falou que não o perdoou pelo fato da declaração não apagar essa forma de violência. Além disso, afirmou que esperava uma atitude mais incisiva do PSOL



“Não acho que a punição encontrada pelo partido dele tenha sido suficiente ou adequada, porque o vereador Paulo Eduardo é de uma legenda de esquerda que diz defender os direitos humanos, os LGBTQIA+ e as mulheres. Então, não esperava que fosse uma punição de dois meses, e sim um desdobramento a altura do comprometimento que o PSOL diz ter com essas pautas”, disse a vereadora.



Procurado pela reportagem, Paulo Eduardo explicou ter sido dele a ideia de se criar uma Comissão de Ética. Ele recorda que isso foi feito em 2014, após ter presidido uma investigação de corrupção que envolveu também acusação de assassinato, no caso do vereador Lucio do Nevada.


Já em relação à Verônica, ele reitera ter errado na ocasião e disse que a fala se deu uma discussão no campo parlamentar, tendo pedido desculpas imediatamente após as declarações proferidas. E Paulo Eduardo salienta que ficou comprovado, segundo o vereador, que não houve nenhuma menção à agressão física no inquérito policial, dizendo como recebeu a punição por parte do Psol.



“Reafirmo meu compromisso com a deliberação partidária que aplicou como penalidade a sanção de 60 dias, que já está sendo cumprida, além da entrega da liderança da bancada na Câmara. Esse tem sido um período de formação e reflexão para reforçar a autocrítica e voltar às atividades no parlamento seguindo nosso compromisso com as lutas da cidade, com a defesa do SUS, em defesa dos trabalhadores e ao lado de todos os movimentos sociais”, finalizou Paulo Eduardo.




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