Como a turma do capitão inviabilizou Rodrigo Neves em SG - por Helcio Albano

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta (18) apontou Freixo e Castro nas cabeças. Atrás, muito atrás, vem o pelotão dos 5% que, ao que tudo indica, fará figuração nesta que é a mais polarizada e nacionalizada das eleições. Dentre os figurantes, os gente-boa - mas desconhecidos - Serra e Garcia, o inacreditável Witzel e Rodrigo Neves (PDT).
Os resultados não são exatamente uma surpresa dada a conjuntura plebiscitária das eleições, mas confesso a você, nobre leitor, que acreditei que o ex-prefeito de Niterói, a essa altura do campeonato, estaria melhor posicionado. Ledo engano! E qual a explicação para esse resultado pífio de campanha? A resposta, muito provavelmente, se chama São Gonçalo, segundo maior colégio eleitoral do estado.
O gonçalense não só rejeita mas tem ranço de Rodrigo Neves. E por quê? Ao que parece, por causa de sua atuação durante a pandemia da Covid-19, quando promoveu bloqueios sanitários nas entradas da cidade na tentativa de frear a transmissão do vírus mortal. O ápice do mal-estar entre os vizinhos ocorreria em abril de 2021, já com correligionário Axel Grael como prefeito de Niterói.
Tenho visto nas ruas que a rapaziada devolve o lockdown de Niterói com o lockdown a Neves. Mas isso também é resultado de um trabalho estratégico de queimação de filme do ex-prefeito pelo PL a partir de São Gonçalo. A indignação do gonçalense sempre vem com a mesma frase espalhada pela turma do capitão no zap e nas redes sociais: "Esse cara que não queria a gente lá agora vem pedir voto aqui?"
Se o PL do Castro queria inviabilizar Rodrigo Neves, conseguiu.
E Freixo agradece.
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.
