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Delegado é afastado suspeito de abusar sexualmente de modelo

Ela registrou o boletim de ocorrência. Ele nega o crime


Foto: Reprodução
Foto: Reprodução



O delegado Kleyton Manoel Dias foi afastado da função após ser denunciado por supostamente ter abusado sexualmente de uma modelo em Goiânia (GO). Ela registrou o boletim de ocorrência. Ele nega o crime.


O que aconteceu


Kleyton vai atuar em uma unidade administrativa a partir de segunda-feira (8). A informação é da Polícia Civil de Goiás.


A modelo e participante de concursos de beleza Jade Fernandes afirma que o abuso aconteceu na madrugada de anteontem. Segundo a TV Anhanguera, que teve acesso ao boletim de ocorrência, ela teria ido a uma festa promovida por um jornalista em uma boate de Goiânia, e o delegado era um dos convidados.


O crime teria ocorrido após o delegado oferecer carona para Jade e uma amiga dela.

Segundo relato de Jade à polícia, o delegado primeiro deixou a amiga, e então seguido em direção à casa da suposta vítima.


Ela afirma que, em um determinado momento, Kleyton a levou até o porta-malas do carro, onde teria ocorrido o abuso. Segundo a TV Anhanguera, imagens de uma câmera de segurança mostra mostram o momento em que ela deixa o carro, completamente nua.



Modelo falou sobre o caso em rede social, mas o post não está mais público. No texto, Jade confirma que foi vítima de violência sexual e diz que teve medo de contar o que aconteceu.


"Mas, gente, estava incentivando mulheres a fazerem isso no meu material logo cedo, e eu mesma não iria fazer? [...] Eu tive medo, vergonha de contar para alguém por ser taxada como mentirosa. Eu não queria que as pessoas me vissem como vítima.".


O delegado divulgou uma nota à imprensa em que "repudia veementemente as acusações". Kleyton diz que ainda não foi ouvido no inquérito que investiga o caso e que provará sua inocência.


A Polícia Civil de Goiás informa que, "assim que tomou conhecimento do fato, adotou todas as medidas necessárias para seu esclarecimento". O caso está sendo investigado pela Delegacia da Mulher com auxílio e acompanhamento da Corregedoria.


"Estava dopada"


Um amigo que mora com a modelo disse que ela chegou em casa dopada e ferida. Ele chamou o Samu para encaminhá-la ao hospital, onde ela recebeu atendimento médico, conforme contou em entrevista à TV Anhanguera.


Segundo o homem, a amiga estava "muito dopada" e foi ameaçada pelo delegado. Na versão dele, o jornalista que organizou a festa teria desmotivado a mulher a denunciar o suposto crime pela "influência do delegado".


A modelo, que também usa as redes para falar sobre ser uma mulher trans, ainda disse que está bem, sob cuidados médicos e policiais. "Tudo será esclarecido!", escreveu.



Em caso de violência, denuncie


Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.


Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.


Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.


*Com informações UOL


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