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Desafios para a Educação em 2023

Por Edir Tereza dos Reis

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Olá leitores Daki! Retomamos o artigo “A Educação no debate eleitoral 2022” no qual destacamos a necessidade fremente de valorização dos profissionais da educação, incluindo o prestígio social que se esvaneceu nos seguidos anos de precarização da profissão docente.


Buscando temáticas para o artigo semanal do Coletivo Ela, a companheira Érica Cunha propôs “Desafios para a Educação Brasileira, deixados como herança do governo Bolsonaro”, cujo recorte resultou em “Desafios para a Educação em 2023”. Mas que tarefa gigantesca em se tratado de Educação em sentido amplo, que no mínimo envolve: sistemas, unidades escolares, profissionais da educação e alunos, todos estes elementos com suas especificidades, responsabilidades e minúcias...


Então, pensamos, no aspecto mais importante para os profissionais da educação em 2023 e como estes têm o poder de fala, disponibilizamos um google forms com seguinte questão: “Na sua opinião, quais os desafios para a educação em 2023?”



Obtivemos 14 preciosas respostas e nos posicionamos como escribas dessa pequena amostra que expressa os anseios dos sujeitos em ação nas unidades escolares e que nem sempre são protagonistas da história da educação.


90% das respostas convergiam para o tema do artigo anterior – valorização do professor: salários dignos que permitam ao professor morar, ter saúde, sustentar sua família e principalmente se dedicar a uma única escola, porque diferente do que muita gente pensa, nenhum professor gosta de trabalhar em quatro, cinco escolas e no caso de disciplinas, ter até 20 turmas dependendo da carga horária. Nosso sonho de trabalho é ganhar numa única matrícula a metade do que um vereador ganha!


As respostas também indicaram cursos de formação, dentro da carga horária de trabalho ou remunerados em hora extra, incluindo a área da tecnologia, para que os docentes possam fazer planos de trabalho através do celular que a maioria dos alunos têm.


A aproximação da família na escola foi apontada como mais um desafio para educação: o aluno tem no seu contexto familiar fatores que interferem positiva ou negativamente na aprendizagem assim como atendimento inter setorial/multiprofissional para acompanhamento bio-psico-social dos alunos, principamente pós pandemia.


Por fim, a infra-estrutura das unidades escolares foi lembrada.


Uma das respostas sintetiza os anseios: “Os desafios da educação em 2023: financiamento, ampliação da oferta, permanência e sucesso dos educandos, valorização dos profissionais de educação, manutenção e aquisição de prédios escolares.”


Concluimos o artigo com esse grande tema nessa pequena amostra constatando às autoridades instítuídas que as metas não foram mencionadas como desafios, a avaliação como resultado do processo educacional não foi lembrada, ninguém reivindicou um plano para ser cumprido em 10 ou 20 anos; não desconsiderando a importância destes, porém demonstrando que ao longo dos anos os planos bem redigidos têm sido mais importantes do que o atendimento real às escolas.


Para nós educadores, parafraseando o modernista Carlos Drummond, o momento é o agora e o tempo é o presente: O grande desafio da Educação em 2023 é olhar no olho da criança/jovem/adulto que está a sua frente e poder dizer: EU SEI E TENHO MEIOS para ofertar educação com a qualidade que o aluno merece.


Colaboração: Professores da Educação que responderam ao google forms

 

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Edir Tereza dos Reis é Orientadora Pedagógica (PMDC), Supervisora Educacional (PMSG), Psicopedagoga, especialista em Neurociências, membra do Coletivo ELA – Educação Liberdade para Aprender e colaboradora da Coluna "Daki da Educação", publicada às sextas.


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