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Domingos Brazão já matou vizinho a tiros e foi preso por corrupção

A autoridade policial destacou, à época, a índole violenta e perigosa do réu

O ex-deputado Domingos Brazão. Foto: Reprodução/TV Globo
O ex-deputado Domingos Brazão. Foto: Reprodução/TV Globo


DCM - Apontado como mandante do assassinato de Marielle Franco na delação do ex-policial militar Ronnie Lessa, Domingos Brazão já matou um homem a tiros e feriu um segundo por conta de briga entre vizinhos. O episódio ocorreu em março de 1987, quando tinha 22 anos, e o caso chegou a ser investigado, mas foi arquivado anos depois. A informação é do Intercept Brasil.


Segundo inquérito policial, Brazão perseguiu os dois homens e efetuou disparos pelas costas. Apesar da apuração, ele alegou legítima defesa e o caso nunca foi submetido a júri popular. O processo sobre o caso tramitou durante 15 anos e a denúncia foi rejeitada pela corte especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro quando Brazão era deputado estadual.



“A autoridade policial destacou, à época, a índole violenta e perigosa do réu, que constantemente portava arma e se unira a ‘grileiros’ que disputavam a posse de terras”, afirmou José Muiños Pinheiro Filho, então procurador-geral de Justiça, chefe do Ministério Público do Rio de Janeiro.


Como parlamentar, Brazão teve anos marcados por denúncias de corrupção, aumento patrimonial suspeito, compra de voto e improbidade administrativa na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alej). Em 2011, teve o mandato cassado por fazer assistencialismo com uma ONG ligada à sua família, mas recuperou o direito de voltar ao cargo na Justiça posteriormente.



Anos depois de deixar de ser deputado para assumir o posto de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), ele foi preso em 2017 na operação “O quinto do ouro”, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro. Brazão foi preso temporariamente em março daquele ano e liberado logo depois.


Em novembro do mesmo ano, voltou a ser preso junto dos deputados estaduais Paulo Melo, Edson Albertassi e Jorge Picciani. Os três eram suspeitos de receber propina para ajudar a aprovar medidas legislativas em benefício de empresas de transporte público e construção civil.


O ex-deputado também foi citado, em 2008, no relatório final da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Milícias da Alerj. O documento não pediu seu indiciamento, mas ele foi apontado como um dos políticos “liberados” para fazer campanha política no Rio das Pedras, região controlada pela milícia.


Após ser citado na delação de Lessa, Brazão negou as acusações e disse que a menção ao seu nome foi feita para “proteger alguém”.


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