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Eduardo Paes diz que BRT está sendo sabotado

Prefeito acusa TV Record de manipular informação


 Reprodução/TV Globo
Reprodução/TV Globo

Brasil de Fato - Criado há quase dez anos, na primeira gestão de Eduardo Paes (PSD) à frente da Prefeitura do Rio de Janeiro, o BRT (sistema de ônibus rápidos e com faixas exclusivas) vive uma "crise profunda", admitiu o prefeito da capital, nesta sexta (11), em entrevista ao Bom Dia Rio, na TV Globo.


Paes disse, porém, que o sistema está sendo sabotado por empresários que ficaram descontentes com a decisão da Prefeitura de não renovar os contratos com as concessionárias que administravam os ônibus. O prefeito argumenta que esse é um modo de reformular o sistema, que passou a ser alvo de muitas críticas nos últimos anos.


Nesta tarde, o prefeito acusou a TV Record de manipular informações ao veicular reportagem sobre uma manifestação supostamente espontânea. Paes lembrou que a emissora é presidida pelo pastor Edir Macedo, tio do ex-prefeito Marcelo Crivella (PRB), adversário político de Paes.


"Qual é o interesse da emissora do tio do ex-prefeito que destruiu o BRT em tumultuar e paralisar o transporte público às 6 da manhã? Quem está por trás deste 'protesto' que prejudicou trabalhadores? Por que fizeram isso em meio a queda de braço que estamos travando com os empresários de ônibus, que abandonaram por completo a população e não cumprem as regras dos contratos (sequer ar-condicionado ligam)?, comentou Paes nas redes sociais.


No vídeo, é possível ver que uma das primeiras pessoas a chegar à manifestação, na estação Margarça, em Guaratiba, zona oeste do Rio, e, segundo Paes, convocar a população, é um motoqueiro cujo bagageiro do veículo tem a inscrição "Record" e a logomarca da emissora de Edir Macedo.


Na entrevista de mais cedo, na televisão, o prefeito afirmou que a alta dos combustíveis pressiona os empresários do setor de transporte público e estes pressionam os governantes.


Ele disse que vai melhorar o sistema, que está comprando novos ônibus para o segundo semestre de 2022 e que está desmontando um sistema de mobilidade urbana "que domina não apenas o Rio, mas o Brasil".


Liderança política de oposição a Paes na Câmara Municipal, o vereador Tarcísio Motta (Psol), que foi relator da CPI dos Ônibus, disse que a população mais pobre e que utiliza transporte público de massa é a primeira a sofrer com alta dos combustíveis.


"Um dos lados mais perversos do aumento de 24,9% no preço do diesel e da política de preços que a Petrobras adotou desde o Governo Temer são os impactos nos sistemas de transporte coletivo. Mais uma vez, quem paga a conta são os mais pobres. O Governo Federal continua fingindo que não tem responsabilidade, enquanto isso a crise do transporte público se agrava nas cidades brasileiras, inclusive no Rio de Janeiro", disse Tarcísio.

 

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