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Ensino Médio – formação de qualidade é direito social

Por Sirley Tereza dos Reis


 Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Qual é a tese defendida por aqueles que implementaram a Reforma do Ensino Médio? Que a política educacional é terra de ninguém – onde a lei é mudada de acordo com a vontade de quem ocupa o poder e o povo conforma-se em receber as migalhas que sobram após o banquete da elite dominante.


Em relação ao piso salarial dos professores, você já se perguntou por que um governador pode receber 40 a 60% de aumento salarial e um professor pode sobreviver sem reajuste salarial por mais de 10 anos? O teto de gastos é usado como justificativa quando se trata de remunerar os profissionais de educação ou de aumentar a verba destinada a alimentação dos alunos. Mas sem a base firme e sólida, a casa cai. Sem equilíbrio na divisão dos recursos públicos arrecadados no sacrifício de toda a população, quem está no topo da pirâmide manterá seus privilégios.


Mas engana-se quem pensa que falta dinheiro para a Educação pública. O que falta é coragem para usar o dinheiro público a favor do povo. Ao descobrirem a farsa da livre escolha de itinerários formativos os estudantes se organizaram e foram às ruas, denunciaram as condições precárias de estudo e exigiram o direito a uma educação de qualidade.



Com a reforma do Ensino Médio as alternativas de oferta de Ensino deixam de ser obrigação do Estado e são colocadas em “cardápios” ao gosto da iniciativa privada. O Estado se desobrigou da contratação de professores especializados, de equipar as escolas públicas com as inovações tecnológicas. O dinheiro público destinado a esse fim é entregue a iniciativa privada que oferece poucas vagas em cursos técnicos aligeirados.


O povo sabe que na educação está a herança que deixará para seus filhos. A família se sacrifica para manter suas crianças na escola por reconhecer a educação como um bem comum. É o futuro de uma geração que está na balança. Se não juntarmos forças, alunos, professores e sociedade civil organizada, as forças opressoras nos esmagarão. E eles se unem para isso.


Lutar pelo sonho de cada um e de todos é um compromisso do homem enquanto ser social. A minha humanidade, portanto, se constrói na relação com os outros, na família, entre amigos, precisamos nos reconhecer como sujeitos, participantes. Vamos conhecer de perto os argumentos que justificam as manifestações dos estudantes e dos professores. Assim, podemos construir o verdadeiro encontro de cada aluno com seu professor, quando descobrem juntos a força da ciência, da cultura, do lazer e do trabalho.


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Sirley Teresa dos Reis é Psicóloga, Assistente Social, Mestranda UFF e membra do Coletivo ELA – Educação Liberdade para Aprender e colaboradora da Coluna "Daki da Educação", publicada às sextas.



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