Estudante baleado por PM sai da mira da Justiça, que arquiva acusações
A juíza Camila Rocha Guerin acolheu a manifestação do Ministério Público, que pediu o arquivamento das acusações contra os dois

A Justiça do Rio determinou, nesta segunda-feira, o arquivamento das acusações contra Igor Melo de Carvalho e Thiago Marques Gonçalves. Igor foi baleado nas costas e os dois foram presos em flagrante por suspeita de terem roubado um celular de uma mulher na Zona Norte do Rio.
A juíza Camila Rocha Guerin acolheu a manifestação do Ministério Público, que pediu o arquivamento das acusações contra os dois.
A promotoria afirmou que Thiago e Igor "não foram os autores" do roubo de celular narrado por Josilene da Silva Souza. Na noite de 23 de fevereiro, ela apontou Igor como autor do crime para o namorado, o PM reformado Carlos Alberto de Jesus, que atirou contra os dois após uma perseguição em um carro. Thiago era o motorista da moto solicita por Igor, que saia do trabalho em uma boate na Penha. O MP aponta que Igor e Thiago estavam "comprovadamente trabalhando" no horário estimado por Josilene como o momento do roubo.
Jornalista, garçom e inspetor, a promotoria ainda citou os três empregos de Igor Melo, e que ele saia da casa de shows no dia em que foi confundido como um criminoso "de forma equivocada" por Josilene.
Igor perdeu um rim por conta do disparo e teve o baço e o intestino afetados. Thiago ficou preso dois dias até ser liberado após a audiência de custódia.
A Justiça ainda determinou que a moto apreendida de Thiago seja restituída a ele e reforça o pedido do MP para que se apure a conduta do PM reformado Carlos Alberto de Jesus.
O advogado de Thiago Marques, Carlos Nicodemos, afirmou que irá adotar todas as medidas necessárias em relação à reparação dos delitos cometidos contra o cliente, como a ação indenizatória e o acompanhamento do processo criminal que se investiga a dupla tentativa de homicídio e a falsa comunicação de crime.
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