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Evento reúne integrantes do NEACA e representantes da Segurança Pública em Itaboraí


Foto: Divulgação

Autoridades e representantes da área de Segurança Pública estiveram reunidos, na quinta-feira (18), no evento de apresentação das propostas e objetivos do Núcleo Especial de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítimas de Violência Doméstica e/ou Sexual (NEACA Tecendo Redes), na sede da instituição, no bairro Nova Cidade, em Itaboraí.



A reunião foi mediada pela gestora do projeto NEACA, Marisa Chaves, que ressaltou a importância do trabalho interinstitucional dos equipamentos públicos de segurança no eixo da defesa e acesso ao sistema de garantias de direitos. “O NEACA chega a Itaboraí, com apoio da Petrobras, para ser mais uma peça nessa rede de apoio interinstitucional, que conta com a segurança, saúde, assistência social, educação e os diversos equipamentos públicos da região”, afirma a gestora.



Integrantes da equipe multidisciplinar do NEACA apresentaram as diretrizes e normativas do projeto. Durante o evento, foram debatidas, com as autoridades, novas estratégias para aperfeiçoamento dos fluxos de atendimento e formas de apoio da segurança pública às demandas da população de Itaboraí, sobretudo, nas pautas relacionadas às violências contra crianças, adolescentes e mulheres.


“O NEACA tem como objetivo precípuo minimizar os agravos psíquicos, físicos, afetivos e cognitivos apresentados pelas crianças, adolescentes, jovens e familiares expostos às diversas violências domésticas e/ou sexuais para superação das vulnerabilidades sociais decorrentes das violências notificadas. Para isso, precisamos dessa rede de apoio e contamos com a Segurança para aprimorarmos os fluxos nos atendimentos”, explica a gestora, que disse estar impressionada com a receptividade e a integração da rede institucional em Itaboraí.



A assistente social Natália Rocha destacou o acolhimento especializado às vítimas e famílias realizado pelo NEACA, que disponibiliza uma equipe interdisciplinar nos atendimentos e, se necessário, a emissão de relatórios às autoridades sobre o andamento dos casos.

“Na prática, recebemos as vítimas, de portas abertas ou encaminhadas pelas instituições, e, após as triagens, iniciamos o atendimento, que é feito por uma equipe interdisciplinar nas áreas de serviço social, psicologia, jurídica e pedagógica. Quando necessário, por exemplo, se as autoridades necessitarem de informações sobre os andamentos do casos, emitimos relatórios. Também disponibilizamos equipes para palestras, consultorias e rodas de conversas”, acrescenta a assistente social.


Marcaram presença no evento: a delegada da 71ª DP (Itaboraí), Norma de Oliveira; o capitão da Polícia Militar (PM) Paulo Renato Araújo (representando o comando do 35º BPM de Itaboraí); a capitã PM Meriele Ferreira (Operação Segurança Presente); o Comandante da Guarda Municipal, Alexandre Barbosa; a subcomandante da Guarda Municipal, Carla Araújo; o coordenador da Ronda Escola da Guarda Municipal, Luiz Carlos Monteiro; e os integrantes da Patrulha ‘Maria da Penha’ (PM) cabo Adriano Rangel e soldado Leila Uchôa.



De acordo com o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na quinta-feira (18), o número de estupros no Brasil cresceu e atingiu números alarmantes. Em 2023 foram 83.988 casos registrados, apontando um aumento de 6,5% em relação ao ano anterior. O número representa um estupro a cada seis minutos no país. Meninas negras de até 13 anos são maiores vítimas de estupro no Brasil; crime cresceu 91,5% em 13 anos. Do total de casos, 76% correspondem ao crime de estupro de vulnerável – quando a vítima tem menos de 14 anos ou é incapaz de consentir por qualquer motivo, como deficiência ou enfermidade.



*Com informações OSG

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