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Mãe de personal morta pelo marido desabafa sobre agressões: 'Se eu soubesse, ia resolver'

Foto do escritor: Jornal DakiJornal Daki

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O enterro da personal trainer Ilines Valesca da Silva Carnaval, 30 anos, morta pelo marido Valdenir da Silva Almeida, 39, foi marcado por dor e revolta na manhã desta terça-feira (28) no Cemitério Parque Jardim de Mesquita, na Baixada Fluminense. Emocionados, familiares revelaram que o relacionamento do casal era marcado por brigas e agressões, mas que a jovem estava determinada a deixar o apartamento onde moravam no dia em que foi assassinada. 

Apesar disso, durante o velório, a mãe da vítima, Valéria Carnaval, revelou que só soube das agressões sofridas pela filha em dezembro. 


"Em três meses que se conheceram, eles casaram. Ele se mostrava uma pessoa muito boa, na dele e sempre de cabeça baixa, sem falar muito com ninguém, e eu até falei com minha filha, mas ela disse que era o jeito dele. Ela não me contava nada porque eu sou um pouco estourada, se eu soubesse, eu ia lá, ia discutir e resolver, não da forma da lei, mas da minha forma", lamentou.


O casal mantinha um relacionamento de seis meses. "Em dezembro, eu liguei e falei para ela não me esconder nada. Ela contou que ele falou que nem o diabo ia o tirar de casa, mas ela chamou a polícia. Os policiais falaram que iam prender ele, mas ele a convenceu, disse que se ela fosse adiante, ele não ia poder fazer concurso e não ia poder mais da aula, então a minha filha não seguiu a frente, mas disse que não queria ele lá", explicou a mãe.

A mãe esclareceu ainda que logo que soube das brigas, pediu para a filha deixar a casa. "Em dezembro eu comecei a sentir algo estranho, eu falei que ia avisar ao pai dela para gente resolver, mas ela disse que o Valdir ia ficar um mês na casa da mãe dele e ela ia resolver, mas ele a convenceu a fazer as pazes, só que teve mais episódios de briga depois", disse.


No dia do crime, a personal estava de malas prontas para deixar o apartamento do casal. "Ela resolveu sair de casa, mas ela não ligou para mim, ligou para irmã dela. No domingo mesmo eu falei com ela, disse que ia mandar um pix para ela fazer o cabelo, mas ela disse que não precisava, mas eu senti que ela estava chorando, e ela disse que estava resfriada", completou.


Ainda muito emocionada, Valéria contou que a jovem era uma ótima filha. "Ela se preocupava com todo mundo, com as irmãs, comigo. Ela estava alegre, dia 17 faria aniversário junto com meu neto, estava toda animada, já tinha escolhido a roupa dela, estava no auge da felicidade. Eu não tenho mais coração, todo dia eu ligava pra ela. Eu não tenho mais pernas, vontade de fazer nada, porque tudo que eu fazia era em prol dela e das minhas outras filhas, eu sempre fiz tudo por elas", lamentou.



*Com informações O Dia

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