México e EUA fazem acordo para combater duas drogas pesadas que afetam ambos os países; entenda

Em meio a uma semana de tensões comerciais e políticas, marcadas por um “tarifaço”dos Estados Unidos contra países vizinhos e a China, Donald Trump e Claudia Sheinbaum, a presidenta do México, anunciaram um acordo que suspende a aplicação de tarifas sobre produtos mexicanos por um mês. O entendimento foi alcançado após uma conversa entre os dois líderes, que também definiu medidas conjuntas para reforçar a segurança na fronteira e combater o tráfico de drogas e armas.
Sheinbaum destacou que o México enviará 10.000 membros da Guarda Nacional para a fronteira norte, com o objetivo de conter o fluxo de fentanil e outros entorpecentes para os EUA. Em contrapartida, os Estados Unidos se comprometeram a intensificar os esforços para impedir o tráfico de armas de alta potência para o território mexicano.
“Nossas equipes começarão a trabalhar hoje em duas vertentes: segurança e comércio”, afirmou a presidenta mexicana em uma publicação no X, antigo Twitter, nesta segunda-feira (3).
rump, por sua vez, confirmou o acordo em suas redes sociais, destacando a natureza “amigável” da conversa com Sheinbaum. Ele também mencionou que as tarifas, que entrariam em vigor na terça-feira (4), foram suspensas por 30 dias, período em que equipes técnicas de ambos os países negociarão termos mais permanentes.
O secretário de Estado Marco Rubio, o secretário do Tesouro Scott Bessent e o secretário de Comércio Howard Lutnick liderarão as discussões pelo lado americano.
O anúncio ocorreu após um fim de semana marcado por quedas nas bolsas globais, reflexo da decisão de Trump de impor tarifas de 25% sobre produtos mexicanos e canadenses, com exceção de energia, que seria taxada em 10%.
A medida gerou reações imediatas dos países afetados. O Canadá, por exemplo, anunciou retaliações direcionadas a produtos americanos, especialmente aqueles fabricados em estados governados por republicanos, numa tentativa de pressionar politicamente o governo Trump.
Além disso, o governo de Ontário, a província mais populosa e rica do Canadá, rompeu um contrato de US$ 68 milhões com a Starlink, empresa de Elon Musk, aliado de Trump.
O primeiro-ministro de Ontário, Doug Ford, afirmou que a província não fará negócios com “pessoas empenhadas em destruir nossa economia”. Ele ainda anunciou que, a partir de terça-feira, empresas americanas não poderão disputar contratos públicos na região.
Apesar das tensões, as negociações entre Trump e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, foram retomadas nesta segunda-feira, segundo Jamil Chade, do Uol. O diálogo representa uma mudança na postura do presidente estadunidense, que havia ignorado tentativas anteriores de contato por parte de Trudeau.
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