Mais de 1 milhão de pessoas vivem com o vírus HIV no Brasil
O Brasil ocupa lugar de destaque no controle e prevenção do vírus

Atualmente, estima-se que um milhão de pessoas vivam com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) no Brasil, sendo 650 mil homens e 350 mil mulheres. Segundo o Relatório de Monitoramento Clínico do HIV, atualizado em novembro de 2023, 92% dos homens estão diagnosticados, em comparação a 86% das mulheres. Por outro lado, estima-se que 108 mil pessoas sejam soropositivas sem saber, aponta o levantamento da Secretaria de Vigilância em Saúde e Meio Ambiente do Ministério da Saúde.
O Brasil ocupa lugar de destaque no controle e prevenção do vírus. A profilaxia pré-exposição, consiste em tomar comprimidos antes da relação sexual, permitindo que o organismo esteja preparado para enfrentar um possível contato com o HIV. Esta medicação antirretroviral é usada por mais de 103 mil pessoas no país, com faixa etária entre 20 e 39 anos (42%), segundo dados do painel PrEP do Sistema Único de Saúde.
Existem inúmeros benefícios da PrEP quando indicada corretamente por profissionais médicos e a prevenção é a mais importante delas. A medicação reduz o risco de contrair o vírus em mais de 90% dos casos. Além disso, serve como um controle pessoal flexível, feito com mais tranquilidade para os sorodiscordantes (quando uma pessoa é HIV positiva e outra é HIV negativa) ou expostas a comportamentos de alto risco.
“PrEP: Prevenção Eficaz Contra o HIV”
A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) é indicada para pessoas com maior risco de contrair o HIV. Isso inclui homens que mantêm relações sexuais com outros homens, tanto esporadicamente quanto de forma frequente, independentemente de sua identidade sexual, e pessoas que frequentemente deixam de usar camisinha em relações sexuais (anais ou vaginais).
Além disso, a PrEP também é recomendada para mulheres que possam engravidar e que mantenham relações sexuais sem preservativo. Se uma mulher em situação de risco fizer uso da PrEP antes do sexo desprotegido, ela reduz significativamente a chance de transmitir o vírus para o feto, garantindo que a criança tenha uma maior probabilidade de nascer sem o HIV, mesmo que a mãe seja contaminada.
Essa forma de prevenção tem se mostrado altamente eficaz, ajudando a proteger grupos de risco e a evitar a transmissão do HIV, proporcionando uma ferramenta importante para o controle da epidemia e a redução das taxas de novas infecções.
Ministério da Saúde intensifica ações para diagnóstico e tratamento do HIV
De acordo com os últimos dados divulgados pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, em dezembro de 2023, cerca de 900 mil pessoas vivendo com HIV no Brasil já conhecem seu diagnóstico. No entanto, ainda restam aproximadamente 100 mil indivíduos que precisam ser diagnosticados para iniciar tratamento. Para ampliar o acesso ao cuidado e à detecção precoce, o Ministério da Saúde investiu, neste ano, R$ 27 milhões na aquisição de 4 milhões de testes rápidos que detectam simultaneamente sífilis e HIV.
O novo duo teste, inédito no Sistema Único de Saúde (SUS), será inicialmente direcionado para mulheres grávidas, trabalhadoras do sexo e homens que fazem sexo com homens, enquanto as demais pessoas continuarão a ser testadas com a tecnologia atualmente ofertada. Entre as vantagens do novo teste estão a facilidade de execução, que exige apenas um reagente, e a economia de espaço de armazenamento nos postos de saúde. Assim como nos testes rápidos já em uso, o resultado do duo teste é obtido em até 30 minutos e não requer estrutura laboratorial.
Outro avanço significativo anunciado pelo governo federal é a simplificação do tratamento para pessoas que vivem com HIV. A partir deste ano, em vez de dois comprimidos, os pacientes tomarão apenas um. O novo medicamento combina os antirretrovirais lamivudina e dolutegravir, ambos fornecidos pelo SUS. Essa mudança facilita a adesão ao tratamento, reduz efeitos colaterais e mantém a carga viral controlada. A transição para o novo esquema terapêutico será realizada de forma gradual.
*Com informações O Dia
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