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MUVI fecha acessos de bairro inteiro em São Gonçalo

Foto do escritor: Jornal DakiJornal Daki

Intervenção gerou transtornos para os moradores do Porto Velho


Por Cláudio Figueiras

Acesso à rua Manuel Duarte pela rua Alberto Torres foi fechado para dar lugar à ciclovia/Foto: Jornal Daki

Motoristas que chegam a São Gonçalo por Neves não conseguem entrar no Porto Velho pela rua Cmte Ari Parreiras no sentido centro da cidade. Seriam as barricadas instaladas por bandidos, tão comuns nas ruas do município, o motivo do impedimento do acesso ao bairro?


Não! Mas o MUVI (Mobilidade Urbana Verde Integrada), projeto de intervenção em mobilidade urbana do governo do estado e prefeitura que fechou todas as entradas e saídas do bairro no trecho que começa no Supermarket, na esquina com rua Manuel Duarte, até o colégio CIUG, na rua Dr. Gradim, já no bairro Porto da Madama.


Para acessar a parte baixa do bairro pelas ruas Manuel Duarte, Julio Reis, Alexandrina ou Lenor, os motoristas precisam fazer o retorno no Paraíso, causando uma série de transtornos aos moradores, que reclamam da piora na mobilidade e acessibilidade após a intervenção das obras.


"Tudo ficou muito pior. Para eu ir ao Paraíso, preciso fazer o retorno quase no Vila Lage, aumentando em pelo menos 2 km o meu trajeto até o bairro. Ou então sou obrigada a dar a volta pelo Gradim, onde há sempre retenção no trânsito. Isso é um absurdo. Um bairro inteiro não pode ficar isolado assim", relata Maria de Lourdes, que mora na rua Gumercindo Siqueira.



Outro problema relatado se refere ao transporte por aplicativos, que ficou mais caro e difícil de pedir:


"Já algum tempo sinto algo estranho quando peço a corrida. Tem demorado bem mais para aceitar e, quando aceita, vem bem mais caro. O dobro e até o triplo do valor, ainda mais final de semana. Eu investiguei e descobri que é por causa da obra. Os motoristas evitam vir pra esse lado de cá", diz Renata Siqueira, que mora na rua Carlos Maia.


E o problema do acesso ao bairro não atinge só o transporte por aplicativos. O ônibus regular que faz a linha 524 (Pontal-Niterói) teve o seu trajeto de volta fortemente atingido. Sem poder entrar na rua Manuel Duarte, fechada por uma ciclovia, os motoristas que vêm da rua Alberto Torres são obrigados a fazer o retorno no Paraíso, ampliando em aproximadamente 10 minutos o tempo de viagem.


Com exceção da Dr. Gradim, todos os acessos foram transformados em ciclovia e calçadas com acabamento de meio-fio, sinalizando que as obras neste trecho foram finalizadas, portanto, são fato consumado.


Consultada, a prefeitura informou, por meio de assessoria de comunicação (Ascom), que será criada uma rotatória no Porto da Madama ligando as ruas Ari Parreiras e Dr. Gradim, onde passará a ser o retorno, tanto sentido Niterói, quanto São Gonçalo.


A prefeitura informou, ainda, que os antigos acessos ao Porto Velho não serão reabertos. Desta forma, os veículos que saírem do bairro para acessar a Ari Parreiras, sentido São Gonçalo, terão que fazer o retorno na altura do hipermercado Assaí.


Poste no meio do caminho

E não é só a dificuldade de acesso ao bairro o motivo de reclamação. Moradores e transeuntes relatam que no mesmo trecho as obras foram finalizadas deixando para trás calçadas estreitas e postes no meio do caminho, dificultando a acessibilidade das pessoas, sobretudo as que possuem algum tipo de deficiência.


Pedestre é obrigada a desviar de poste na calçada/Foto: Arquivo Jornal Daki

As calçadas estão totalmente fora do gabarito aconselhável de 1,5 metro no mínimo com postes no meio do caminho que, em alguns casos, "expulsam" os passantes para o meio da via recém construída onde passam carros, motos e ônibus em alta velocidade.


Veja vídeo:



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