No Dia da Amazônia, Rio Madeira fica abaixo de 1 metro pela 1ª vez na história
O rio Madeira atingiu a cota de 96 centímetros nesta quinta-feira (5) em Porto Velho, de acordo com o monitoramento do Serviço Geológico do Brasil (SGB). É a primeira vez, desde que começou a ser monitorado, que o rio fica abaixo de um metro.
A marca história acontece em uma data de discussões sobre a preservação da floresta e dos recursos hídricos: o Dia da Amazônia. Em uma situação de estiagem extrema, o Rio Madeira abriga 40% de todas as espécies de peixes da bacia amazônica — são mais de 1,2 mil. Em paralelo a isso, o estado bateu recordes de queimadas nos últimos meses.
Por causa da seca, as hidrelétrica de Santo Antônio, uma das maiores do Brasil, está operando com apenas 14% das turbinas.
O cenário é tão inédito que para continuar acompanhando os níveis do rio, o SGB vai precisar instalar uma nova régua de medição com marcação de cota até 0, tendo em vista que a atual régua não conta com um nível tão baixo.
O Rio Madeira é um dos maiores do mundo e passa por três países: Brasil, Bolívia e Peru. Ele começou a ser monitorado em 1967 pelo SGB.
O volume das águas do Madeira baixaram em uma velocidade alarmante. No dia 31 de julho ele estava em 2,45 metros, o que já era muito baixo para o período. Ou seja, em pouco mais de um mês, o nível do rio desceu quase 1,5 metro.
Desde julho de 2024, o Madeira vem batendo uma sequência de mínimas históricas. Nessa época do ano o rio deveria estar em cerca de 3,80 metros, ou seja: está quase três metros abaixo do esperado. Esses dados são do Sistema Integrado de Monitoramento e Alerta Hidrometeorológica (SipamHidro).
*Com informações G1
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