O que penso sobre a honraria da Câmara de SG a Rodrigo Amorim
Por Helcio Albano
O Título e Medalha Joaquim Lavoura, maiores honrarias da Câmara de Vereadores de São Gonçalo ao deputado estadual Rodrigo Amorim (PTB) gerou uma celeuma - entre perfis de esquerda nas redes sociais, frise-se - como poucas vezes se viu em São Gonçalo. Amorim, pra quem não sabe, é o típico brucutu bolsonarista violento.
É o sujeito que ficou famoso ao quebrar a placa da Marielle em 2018 e por invadir, aos berros, escolas e universidades, além de acumular diversas capivaras, entre elas apropriação indébita de dinheiro público. Ok.
Eu, pessoalmente considero Amorim um ser desprezível. E faço coro ao seu colega de Alerj, Prof. Josemar (Psol), que o desancou numa das sessões plenárias da casa legislativa em vídeo que viralizou com predicados que prefiro não reproduzir aqui nesta Coluninha.
Amorim representa tudo que abomino e desprezo na política. Assim como ele deve pensar o mesmo da gente do campo da esquerda progressista. Desta feita, cometemos um erro crasso e ad hominem ao tentar interditar o direito legítimo de quem oferta e recebe a honraria. Objetivamente não há nada que impeça Amorim de recebê-la. E se não observarmos isso, ficaremos eternamente presos no alçapão da lacração que a direita armou pros incautos.
Ontem (27), mais uma vez, o ministro Silvio Almeida nos ensinou como se lida com sujeitos tipo Amorim. Com decência e sangue frio. Revertendo a lacração para campo da política, com superioridade moral que silencia o lacrador.
Faça política, não faça guerra.
Plus
As honrarias a Amorim são fruto de projeto de resolução apresentado e aprovado na Câmara pelo vereador Jalmir Junior (PRTB) que ultimamente vem flertando com a esquerda para formação de uma frente ampla para enfrentar o prefeito capitão Nelson Ruas (PL) nas eleições do ano que vem.
Bônus
Jalmir ameaçou dar ordem de prisão a quem se manifestasse em plenário na hora da entrega das honrarias ao deputado. A cerimônia será realizada hoje, às 14h.
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.
