Operação policial no Complexo de Israel, no Rio de Janeiro, termina com três mortes nesta quinta-feira (24)

Manhã de medo, caos e violência no município do Rio de Janeiro. Confronto entre criminosos e Polícia Militar no Complexo de Israel, que engloba as favelas de Vigário Geral, Parada de Lucas, Cinco Bocas, Pica Pau e Cidade Alta, na zona norte da capital fluminense, terminou com três mortos e outras duas pessoas feridas nesta quinta-feira (24).
Paulo Roberto de Souza, motorista de aplicativo; Renato Oliveira, funcionário de um frigorífico; e Geneilson Eustáquio Ribeiro, motorista de caminhão, foram atingidos por tiros na cabeça enquanto se deslocavam pela avenida Brasil e não sobreviveram. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram motoristas e passageiros de ônibus tentando se proteger do intenso tiroteio em uma das principais vias da cidade.
Por volta das 7h30, a via foi interditada na altura da Cidade Alta nos dois sentidos. Às 8h35, o Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que a capital fluminense entrou no "Estágio 2" do nivelador de risco da cidade, sinalizando ocorrência de alto impacto em função da troca de tiros. O status foi modificado para o "Estágio 1", de menor risco e manutenção da rotina, às 11h15.
Segundo a porta-voz da Polícia Militar (PM), tenente-coronel Claudia Moraes, os policiais encontraram grande resistência dos criminosos que dominam o território do Complexo de Israel.
"Nessa entrada da Polícia Militar [na comunidade], houve forte confronto e os criminosos resolveram atirar na direção das vias [pistas], vindo a vitimar pessoas inocentes que não tinham nada a ver com aquilo", afirmou.
Além das vítimas, o tiroteio provocou a interrupção do tráfego na avenida Brasil e da circulação de trens, de ônibus e do BRT pela região. Escolas e postos de saúde foram fechados. Segundo a porta-voz da PM, ao perceber as consequências dos confrontos para a população e a circulação na cidade, os policiais decidiram suspender a operação.
"Essa operação começou na Cidade Alta, que é uma área onde você não tem essa reação muito forte. Nós não tínhamos inteligência para sinalizar para essa questão naquele momento", explicou a tenente-coronel.
*Com informações Brasil de Fato
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