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Falando de Ética



Na política, na maioria das vezes, há os que contrariam as normais morais e os princípios éticos. Quando os políticos mentem para os seus eleitores, fazendo promessas que sabem que não vão cumprir, claro que eles não estão sendo éticos; pois, a bem da verdade, estão apenas em busca de um mandato que lhes permita legislar em seu próprio benefício.

Fica mais ou menos evidente que a política brasileira busca adotar a “ética da responsabilidade”, tendo como diferença a utilização do meio como sacrifício da própria sociedade. E, como fim, o favorecimento de pequenos grupos, incluindo criminosos e políticos corruptos.

Para muitos, quem procede de forma incorreta é uma minoria e que há grande quantidade de bons políticos. Pensamos ao contrário, que há poucos políticos bem intencionados, que até abandonam a carreira por não concordarem com o que observam de errado, e até pela pressão para se aliarem às falcatruas.

No Congresso Nacional há aquela preocupação quando se trata de votar aumento e outros benefícios numa rapidez impressionante - ao contrário de quando se trata da votação do salário mínimo nacional, que leva meses e meses até ser aprovado. Por outro lado, tem também o nepotismo nos três poderes da República, que acaba sendo uma vergonha, até pelos salários astronômicos que são pagos.

Poderia apontar aqui a escola pública, outrora de boa qualidade e com professores qualificados; a segurança pública altamente cheia de corrupção e que não traz, em absoluto, um mínimo de tranquilidade para a população. A saúde pública é outra situação vexaminosa, triste daqueles que, em estado grave, são obrigados a esperar meses por um atendimento e, nem sempre, com sucesso; causando, na maioria das vezes, indignação.

No que diz respeito a alimentação, consta que há 40 milhões de brasileiros – 25% da população total – vivem abaixo da linha da miséria; quer dizer, cerca de 9 milhões deles passam fome. Isso sem deixar de mencionar que, diariamente, são jogados no lixo 39 mil toneladas de alimentos, considerando apenas a parte em perfeito estado.

Os fatos são inúmeros e não tem fim. Seria o caso de fazermos a seguinte pergunta: já que as forças políticas do país agem com tanta rapidez, quando se trata de atender os próprios interesses, por quê não atuam de forma eficaz e transparente visando resolver os problemas que realmente afligem toda uma gana de pessoas ávidas por soluções que lhes dizem respeito? Ou estão achando que isso não passaria de um outro tipo de favor?

J. Sobrinho é Jornalista

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