Forrest Gump e a Síndrome de Asperger
Nomeada em 1944, a síndrome de Asperger vem desafiando os pais e principalmente os professores. Caracteriza-se por ser uma forma mais branda de autismo, o que dificulta a percepção dos sintomas e consequentemente faz com que o diagnóstico seja tardio.
Estar atento aos sintomas de Asperger faz com que a criança seja compreendida em suas limitações e, juntamente com a escola, que as relações sociais sejam desenvolvidas. É comum que a criança seja desajeitada, tenha dificuldade de coordenação motora, ausência do contato visual e também da reciprocidade social e emocional, apesar do desejo de ter amigos. Também existe a excentricidade, como o intenso interesse por um único assunto, rigidez na execução de atividades e forte preocupação com determinados objetos. Entretanto, é verificado que quem tem esse transtorno, apresenta uma excepcional inteligência em áreas específicas, como matemática, história, física, música, química, geografia e na prática de esportes.
Assim, diferente de outros tipos de autismo, quando estão na fase adulta existe a maior probabilidade de se tornaram independentes e serem exímios profissionais na área de interesse. Um famoso exemplo de quem possui a síndrome de Asperger é o personagem Forrest Gump, do filme que leva o mesmo nome. Ele é interpretado pelo ator Tom Hanks.
O bullying sofrido em decorrência do seu andar desajeitado e seus interesses obsessivos é evidenciado no filme. Não obstante, esse seu jeito fez com que ele, em um período de 40 anos, exercesse forte influência nos fatos marcantes da história norte-americana, tornando-o bem sucedido e satisfeito com as suas realizações. Conviver com quem tem a síndrome de Asperger é uma ótima oportunidade para aprender com o alto poder de memorização e rápida capacidade de raciocínio, bem como na adaptação das habilidades sociais dos colegas de forma que estabeleçam vínculos com a criança.
José Eduardo Testahy Jr. é Psicólogo Clínico
