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“Por que não temos um espetáculo como este na nossa cidade?”


Guilherme, 14, parou na banca de jornal na Avenida Afonso Salles, no Apolo II, em Itaboraí e olhou as páginas coloridas que traziam a notícia de um espetáculo teatral que estaria em cartaz na cidade vizinha, e logo ficou com o coração cheio de entusiasmo e esperança. Mas em seguida a euforia se foi e o pequeno sem ainda entender, perguntou, “Por que não temos um espetáculo como este na nossa cidade?” Tentei explicar. Desde que chegou ao Brasil no século XVI com intuito de catequizar o índio e propagar a fé religiosa o teatro seduziu e emocionou.

Mas hoje a visão que os moradores de Itaboraí têm de seus governantes em relação ao teatro é de “Happening” (espetáculo que exige a participação ou a reação do público, e procura provocar uma criação artística espontânea).

Os moradores vivem um drama, mas gostariam que fosse uma comédia, uma ópera, um monologo ao até mesmo um improviso, mas não tem Tablado, não tem cortinas, nem tampouco Camarim.

Aqui temos Contra-regra, iluminador, cenógrafo, sonoplasta e figurinista, e também muito amor pela arte. Os artistas estão espalhados pela cidade, fazendo o que podem para não deixar morrer a magia do teatro.


Mas o cidadão gostaria de ser espectador, poder assistir, escutar, se emocionar e fazer parte daquele jogo teatral, reagindo como se estivesse vivendo o personagem.

Existem aqueles que se cansaram de ser espectadores, de ficarem esperando as coisas acontecerem, começaram a se movimentar, a procurar outros artistas e fazerem eles mesmos o próprio roteiro, hoje eles lutam para serem produtores da história que vai mudar o quadro cultural da nossa cidade.

A falta de recursos, as legislações desatualizadas e os sistemas de gestão ineficientes, são fatores para um estado de inércia na área cultural em Itaboraí. O Governo precisa entender a importância de investimento no setor Cultural, pois também é um investimento social.

O Nosso município não tem uma política pública cultural consistente e, sobretudo, organizada.

Existem demandas culturais que só quem está perto pode entender. E nesse caso os governos locais são elementos fundamentais.

Mas de qualquer forma o Governo, quer seja Federal, Estadual ou Municipal tem que desempenhar seu papel, que é fomentar a cultura para que essa história tenha um final feliz.

O Teatro Municipal João Caetano, fica na Praça Marechal Floriano Peixoto, 303 - Centro, Itaboraí e está fechado para reformas há três anos, só é utilizado para atividades escolares e não há previsão para futuras apresentações de espetáculos.

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