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Os refugiados no Brasil, o Serviço Social e a globalização de direitos



Alan Kurdi e o fim trágico de um garotinho sírio registrado em uma fotografia impactante aos olhos e corações de todos nos faz pensar o quanto milhares de pessoas são vítimas dos conflitos vividos no Oriente Médio. Famílias estão sendo destroçadas pela guerra da Síria e uma infinidade de sonhos e vidas despedaçadas, é “a maior crise humana da nossa era”, diz ONU.

O Brasil vem acolhendo um grande número de refugiados sírios, famílias que chegam aqui somente com a roupa do corpo, alguns nem sabem que a língua falada por nós é o português. Como fortalecer os vínculos destruídos por uma guerra?

“São pessoas com todos os perfis socioeconômicos. Há desde camponeses a engenheiros e advogados, muitos deles com pós-graduação. Em comum, todos estão fugindo de um país imerso em uma espiral de violência”, afirmou à BBC Brasil um diplomata que não quis se identificar.

No Brasil os refugiados podem trabalhar e ter acesso à saúde e à educação, enquanto aguardam pela concessão do asilo, mas inserir homens, mulheres e crianças numa cultura totalmente diferente das suas não será algo simples para nossa política de Assistência Social, no entanto será de extrema importância nesse momento.

Muitos dirão que devemos nos preocupar com as nossas demandas socioeconômicas e concordo que não são poucas, mas diante de uma crise humanitária sem precedentes como essa é impossível não ser tocado.

A ganância pelo poder cega os homens e no seu propósito doentio não mede esforços por dizimar uma nação. Isso deixou de ser apenas uma constatação retórica solta ao vento dos interesses políticos da geopolítica internacional. Isso está aí, bem em frente aos nossos olhos é impossível não pensar nada a respeito e agir.

O Brasil, através do nosso governo, novamente prova a sua vocação de acolhimento aos estrangeiros. Não apenas nesse caso dos sírios, mas também dos haitianos que passam por uma crise humanitária tão grave quanto e que se arrasta desde o terrível terremoto em 2010. A globalização não pode ser vista apenas como livre entrada e saída de mercadorias entre nações. O maior desafio de nosso tempo é perseguir uma paz duradoura e promovermos a globalização de direitos.


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