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Pioneiro, Walter Orlandini realiza 7ª edição de Festival de Teatro



Este ano Walter Orlandini conta com oito espetáculos que se apresentarão do dia 30 de novembro a 10 de dezembro

Merda pra geral! Calma leitor, essa é uma expressão tradicional da rapaziada do teatro que quer dizer ‘boa sorte’. Surgiu na França no século 19. Quanto mais merde de cavalo na frente do Teatro, maior o sucesso do espetáculo. Vamos seguir...

Começa no dia 30 de novembro a 7ª edição do FestinCewo, que este ano conta com oito espetáculos que se apresentarão no palco do Colégio Walter Orlandini (Patronato) até o dia 10 de dezembro, sempre às 18:30 horas.

Os grupos que se revezarão no palco do CEWO são compostos por alunos, ex-alunos e frequentadores regulares das oficinas de teatro oferecidas pela escola à comunidade. Os cursos/oficinas são gratuitos. “Somos aproximadamente oitenta envolvidos com o Festival dentro e fora de cena. Todos são aptos a estar no festival, desde que frequentem a oficina e, no caso dos alunos, tenham um bom rendimento na escola como um todo”, disse Fernando Mattos, professor e coordenador da Cia Expressarte Verbalizando, que organiza o Festival.

Os espetáculos nascem das oficinas a partir de uma construção coletiva onde os próprios alunos escolhem os temas/textos e o diretor do espetáculo. “Para 2015 optamos por grandes autores como Brecht, Martins Pena, Arrabal, Vinícius de Moraes, entre outros para viabilizar em 2016 um pedido deles; um festival autoral. Beber nas grandes fontes possibilitando abertura de horizontes”, continua Mattos. É o caso da peça O Alienista, vencedor da edição passada e que vem correndo o Brasil em diversos festivais competitivos. O espetáculo abre o Festival no dia 30.

O CEWO tem uma longa tradição no teatro em São Gonçalo e organizou o primeiro festival da cidade ainda em 1987. Houve um espaço de tempo até ser retomado em 2009 como um evento interno. A entrada simbólica (e não obrigatória) é R$ 3, que custeia os equipamentos necessários para o funcionamento do Teatro.

O FestinCewo tem apoio do Jornal Daki.


Leia abaixo entrevista com o Fernando Mattos e a programação completa do Festival.

JORNAL DAKI: O festival tem quanto tempo?

FERNANDO MATTOS: O Festival iniciou em 2009, com cinco espetáculos e em 2015 vamos para a sétima versão.

DAKI: Como e por que ele foi criado, em que circunstâncias?

FERNANDO MATTOS: Na escassez e por não concordar com o modelo puramente competitivo dos festivais vigentes em São Gonçalo, resolvemos privar nossos alunos e ex-alunos de tais constrangimentos e resolvemos optar por um festival interno, num espaço aonde em 1987 ocorreu, sob a batuta da atriz e Diretora Teatral Anja Bittencourt talvez o primeiro festival na cidade, o FESTCEWO.

O nosso é renomeado com o IN, numa alusão ao poderoso Rock in Rio mas com a significação de “interno”. As condições foram as mais básicas possíveis naquele momento, apenas com ventiladores, sem poltronas e toda a estrutura provinha da escola que sempre nos apoiou no que podia. Da verba de nossa bilheteria simbólica, saiam as melhorias possíveis como aparelho de som, lanche, refletores novos, auxílio no transporte para quem precisasse.

DAKI: São quantas peças inscritas este ano, são todos de estudantes do CEWO?

FERNANDO MATTOS: Para 2015 temos oito espetáculos concorrentes, quatro entre os mais antigos e três entre os mais novos. Dia 30 abriremos com um dos espetáculos vencedores de 2014- O Alienista. Dias 1, 2 e 3 teremos os espetáculos dos grupos egressos da Oficina de Teatro de 2015, e dias 4 , 7,8 9 e 10 os grupos formados com antigos. No sábado dia 12 a cerimônia de encerramento. O Festival abrange alunos, ex-alunos e comunidade.

DAKI: Quantos estudantes hoje estão envolvidos nas oficinas de teatro do CEWO. É possível participantes de fora, é gratuito?


FERNANDO MATTOS: A procura pelas oficinas gratuitas de teatro do Cewo tem crescido muito, o festival agrega alunos, ex-alunos que mesmo frequentando universidade ou formados não abandonam sua casa com Felipe Moraes e Jessica Barreto (Letras UERJ/FFP) e Paulo Carvalho (advogado) que compõem a organização do Festival. A comunidade também é bem vinda nas oficinas. Somos aproximadamente oitenta envolvidos com o Festival dentro e fora de cena. Todos são aptos a estar no festival, desde que frequentem a oficina e, no caso dos alunos tenham um bom rendimento na escola como um todo.

DAKI: Qual a sua função nessas oficinas, são quantos envolvidos?

FERNANDO MATTOS: Durante os quatro primeiros meses do ano letivo ministro oficinas de jogos teatrais na escola, a partir dai, subdividimos os envolvidos em vários grupos que escolhem o diretor do espetáculo, dialogamos os textos e iniciamos todo o processo da carpintaria cênica. Para 2015 optamos por grandes autores como Brecht, Martins Pena, Arrabal, Vinícius de Moraes, entre outros para viabilizar em 2016 um pedido deles; um festival autoral. Beber nas grandes fontes possibilitando abertura de horizontes.

DAKI: O festival é competitivo, quais as premiações?

FERNANDO MATTOS: Teremos prêmios nas duas categorias, novos e antigos; espetáculo, direção, ator e atriz, ator e atriz coadjuvantes, técnico e o prêmio Expressarte Verbalizando para as figuras que mais auxiliaram o desenvolvimento, não só de seu espetáculo, mas do grupo como um todo.

DAKI: Há algum tipo de apoio/patrocínio?

FERNANDO MATTOS: Devido ao pouquíssimo tempo que tivemos em um ano que dois de nossos espetáculos correram o estado e fora em eventos e festivais, os apoios ainda estão sendo solicitados. Mas em 2015 tivemos para as viagens apoios fulcrais da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura e da Fasg.

DAKI: Fique à vontade...

FERNANDO MATTOS: São sete anos de atividades ininterruptas, em bons e maus momentos políticos e econômicos. O grupo hoje existe, aumenta consideravelmente e, tem a consciência da necessidade de se institucionalizar para a continuidade das ações em condições mais favoráveis, poder pedir oficialmente apoios e tentar os editais de fomento a cultura. São muitos jovens, outros não tão jovens mais após estes sete anos, mas ávidos por oportunidades de somar com a arte no desenvolvimento de nossa cidade e estado... E quem sabe do país.


PROGRAMAÇÃO:

Dia 30/11 Segunda-feira_ Abertura com O Alienista de Machado de Assis (convidado)- Direção de Michael Alves.

Dia 01/12 Terça-feira_ A Mandrágora de Maquiavel. Direção de Luiz Eduardo Machado.

Dia 02/12 Quarta-feira_ O Casamento do Pequeno Burguês de Bertold Brecht. Direção de Lucas Sorrentino.

Dia 03/12 Quinta-feira_ Procura-se uma Rosa de Vinícius de Moraes. Direção de Carolline Mendonça.

Dia 04/12 Sexta-feira_ A Imperatriz, adaptação de Fernando Arrabal. Direção de Juliana Pontes.

Dia 07/12 Segunda-feira_ Medéia de Eurípedes. Direção de Lohan Santos. (foto)

Dia 08/12 Terça-feira_ Cabaré Valentin de Karl Valentin. Direção de Michael Alves.

Dia 09/12 Quarta-feira_ Se Não for por Amor , adaptado de Harold Pinter. Direção de Erika Mello.

Dia 10/12 Quinta-feira_ Os Irmãos das Almas de Martins Pena. Direção de Leandro Velozo.

Dia 12/12 Sábado_ Entrega de Prêmios com cenas de Pátria de Sangue de Bruno Silveira, Muito Prazer com Ana Paula Pardal e música.


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