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Desalojados cobram de Mulim soluções, e rápidas



Ontem o povão sofrido de São Gonçalo saiu às ruas para protestar. Um grupo de aproximadamente 300 pessoas desalojadas pelas últimas enchentes foi para a prefeitura pedir solução imediata para o problema que se arrasta desde o dia 23 de março.

No desespero, os desalojados ocuparam o condomínio do Minha Casa Minha Vida no Jóquei desde a semana passada. Ontem, a pedido a MRV Engenharia, a Justiça emitiu a reintegração de posse em favor da empresa, aprofundando ainda mais o desespero de centenas de famílias que perderam tudo.

Os desalojados se juntaram a uma manifestação dos professores municipais pela implementação do piso salarial nacional da categoria.

“A arrá, abaixo a liminar”, ao som de palavras de ordem, cerca de 250 pessoas, que invadiram dois condomínios no Jóquei, em São Gonçalo, tentavam obter uma solução do poder municipal, em frente a prefeitura. A manifestação começou por volta das 15 horas e chegou a fechar por completo a Rua Feliciano Sodré, deixando o trânsito complicado na região. A Justiça determinou que os condomínios sejam desocupados até o dia 10, caso contrário, a Polícia fará a reintegração de posse.

Com cartazes em punho e batendo panelas, dezenas de pessoas foram até a prefeitura atrás de uma solução. Muitos foram até as escadas da prefeitura com crianças de colo para pressionar os governantes. Com dois filhos, um de apenas sete meses, Carina dos Reis, de 44 anos, ocupa um dos apartamentos dos Condomínios Parques das Araras e dos Bem-te-vis. “Moro sozinha com meus dois filhos e tenho que cuidar deles. A Prefeitura disse que tenho que deixar meus filhos em um abrigo e correr atrás de um trabalho. Eu quero apenas uma casa para poder viver com meus filhos e conseguir voltar a trabalhar”, desabafou.

No final da tarde, a prefeitura informou – após reunião com representantes dos manifestantes – que os 18 Centros de Referência de Assistência Social (Cras) da cidade vão atender nos próximos quatro dias (inclusive no sábado) as famílias que ocuparam dos condomínios ocupados, no sentido de verificar a situação dos documentos e do cadastro único, que é fundamental para que todos tenham acesso aos programas do Governo Federal, como o Minha Casa Minha Vida.

Em relação à reintegração de posse, a Caixa informou que a construtora e o banco já adotaram as providências legais para remover os ocupantes e a retomar os empreendimentos. A retirada deve ocorrer no dia 10. “Ainda não é possível precisar a data de entrega dos empreendimentos, considerando que deverão ser avaliadas as reais condições das unidades após a reintegração da posse”, declarou em nota a Caixa. Diversas pessoas vindas de regiões alagadas durante as fortes chuvas que atingiram a cidade no dia 23 de março invadiram os condomínios e estão no local até hoje. Sobre o alagamento, a Caixa afirmou que caso o poder público não tome alguma providência, os residenciais podem sofrer com novas enchentes.

“A Caixa ressalta que em vistorias anteriores foi constatado que existe um canal próximo ao empreendimento, que em ocasiões de chuvas sofre transbordamento, que impacta diretamente os empreendimentos e que deve ser limpo e dragado pelo poder público”.

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