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São Paio: Nanci me garantiu total autonomia de gestão na Educação



Diego São Paio, vereador e candidato a prefeito pela Rede Sustentabilidade no 1º turno, saiu da disputa muito maior do que entrou. Com aproximadamente 34 mil votos, ou 8,27% do eleitorado, fez uma campanha nas redes sociais que já entrou para a história pela inovação e criatividade. "As adversidades obrigam a gente ser criativo, não tem jeito", disse Diego, que praticamente não teve tempo de rádio e televisão.

Agora no 2º turno, Diego foi convidado e aceitou o que é o maior desafio de sua vida: assumir a Secretaria de Educação num eventual e bem provável governo Nanci. "O Zé (José Luiz Nanci) me convidou e eu aceitei porque não posso fugir às minhas responsabilidades com a cidade", afirmou, garantindo que terá total autonomia na pasta.

Vamos ao bate-papo com o Diego.

Como você avalia, de um modo geral, a sua campanha no 1º turno?

A campanha em todos os aspectos foi muito positiva, porque foi limpa, honesta, participativa e inovadora tanto na cidade como em todo o Brasil. Formulamos o nosso programa de governo com especialistas e com a sociedade. Rodamos todos os bairros para ouvir e, a partir daí, elaborar os nossos projetos, provocando o cidadão gonçalense a participar da construção de uma cidade melhor e para todos.

O que esperar desse 2º turno?

Agora, especificamente em nossa cidade, o 2º turno é importante porque é o momento das pessoas conhecerem mais de perto os candidatos, as propostas e avaliarem com cautela os apoios e as alianças que cada um faz para vencer a eleição. Nós tivemos uma campanha no 1º turno com 9 candidatos que se pulverizaram, que fez o eleitor nem querer buscar informação, o que é natural se levarmos em conta esse processo político difícil que estamos vivendo no Brasil.

Mas acredito que no 2º turno as pessoas se atentem mais às campanhas, porque afinal de contas alguém vai governar essa cidade pelos próximos 4 anos. Por isso é importante as pessoas olharem com atenção as propostas e os encaminhamentos de cada um para se ter uma escolha consciente.

Como ocorreu a sua aproximação com o Nanci?

Campanha é uma coisa exaustiva e desgastante. Preferi ficar 'de molho' com minha família, com minha filha, porque a vida pública exige muito estar fora de casa. Estava realmente inclinado a não apoiar ninguém nesse 2º turno. Mas o senso de responsabilidade com a cidade é muito forte. Cinco dias após a eleição o Nanci me procura para conversarmos sobre o momento difícil que a cidade está passando. Vi que não poderia me omitir nesse momento.

Conversamos sobre a nossa proposta de um choque de gestão na administração e programas efetivos para termos uma cidade de resultados, enxugar a máquina pública e, principalmente, conversamos muito sobre o nosso programa educacional, muito elogiado por profissionais da educação do nosso município. Então é feito convite para que eu cuidasse da área da Educação com nossa visão administrativa. Avaliamos bem o cenário e fechamos essa aliança pela cidade de São Gonçalo.

Como seria uma eventual gestão na Secretaria de Educação?

Com autonomia. Pedimos autonomia para trabalhar, o que foi prontamente aceito pelo Nanci. É preciso ter autonomia senão não vale a pena se envolver em nenhum tipo de projeto. E esse projeto temos convicção que pode e vai dar certo.

Nossa linha de trabalho seguirá pela valorização dos profissionais da educação em primeiro lugar. Buscaremos o crescimento da oferta de vagas em creches, e este será o nosso primeiro ciclo de planejamento. A educação na cidade tem uma cultura de se apagar incêndios. Por isso é tão importante o planejamento para termos a educação que queremos. Então, nada mais justo de se começar pela educação infantil. Temos apenas 51 creches para 93 bairros. Precisamos avançar muito nisso e qualificar as creches que já temos, tanto as conveniadas como as próprias da prefeitura.

Vamos criar um programa piloto de implementação dos ciclos de ensino integral primeiramente em cinco escolas-polo do 6º a 9º ano nas áreas mais carentes da cidade. E vamos expandir esse programa gradualmente sempre com planejamento e respeitando o nosso orçamento. Ao mesmo tempo, vamos investir na educação integral em todas as escolas, fomentando cultura e esportes no contraturno.

Mas nada disso acontece se não valorizarmos os profissionais da educação, se não estiverem motivados. É a valorização e a motivação que fará com que atinjamos os alunos, os pais e toda a comunidade escolar para esse sentimento de pertencimento com a escolas.

Como você lida com algumas afirmações de que pelo fato da sua família ser do ramo da educação privada você não seria um bom gestor na educação pública?

É chato, mais isso é muito mais fruto de desconhecimento, ignorância, quando se faz esse tipo de afirmação de forma geral. Ouço isso desde a minha campanha no 1º turno, mas o meu mandato como vereador é um testemunho da nossa ação em defesa da educação pública.

Temos que pensar a sociedade. São mais de 50 mil crianças fora da rede, que estão fora da escola. A única forma de desenvolvermos a cidade é através da educação para termos um formato de cidade que queremos.

Sobre essa falsa polêmica, posso citar o professor Helter Barcellos, que foi um gestor da área pública e privada também. Foi um dos melhores secretários de educação que a cidade já teve. Mas eu vou superá-lo. Quero ser o melhor secretário de educação do município.

A cidade tem jeito?

São Gonçalo é possível como todas as outras cidades são, mas precisa de planejamento de médio e longo prazos, porque a curto prazo não se consegue resolver nada. A cidade está largada e abandonada já há décadas, com desordem urbana absoluta, vivemos um caos, sem nenhuma política pública estruturante funcionando, mas com planejamento conseguimos construir. E foi me dada essa missão, que para mim é muito cara, na área educacional e acredito que é a política pública mais importante para nossa cidade.

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