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Nanci: No meu governo, a cidade será generosa com as pessoas



Não foi fácil, mas conseguimos uma brecha na agenda super agitada do candidato a prefeito por São Gonçalo José Luiz Nanci, ou simplesmente Zé Luiz, como ele gosta e é chamado por amigos e familiares.

O Jornal Daki resolveu abordar temas pouco ou nunca abordados na campanha, de como lidar com valores subjetivos, como a autoestima baixa do gonçalense, maltratado por décadas gestões equivocadas na cidade. "Eu vou trabalhar insistentemente para que volte o sentimento de amor do gonçalense pela cidade, começando pela limpeza urbana. A cidade está muito suja e abandonada", disse Zé Luiz.

Ele falou sobre apoios e alianças, sobre a crise do estado e muito mais.

Vamos ao bate-papo.

Que cidade você sonha para São Gonçalo?

Uma cidade mais bonita, fraterna e generosa para seus habitantes. Em primeiro lugar, vamos resolver de uma vez por todas a questão do recolhimento do lixo. A sujeira que nós vimos espalhada pelas ruas me envergonha muito como gonçalense. Ela não escolhe lugar. A sujeira é um problema crônico em todos os bairros. O que acontece em Alcântara, então, é inacreditável. Mas não vamos resolver isso sozinhos. E contamos com a compreensão e ajuda da população, que quando perceber que a prefeitura está atuando, será a nossa grande parceira.

Uma outra coisa que me incomoda muito e que senti na pele, é a falta de gabarito das calçadas. Eu fui vítima duas vezes dessa situação, quando fraturei o pé justamente por conta do desnível da calçada e quando estive cadeirante em boa parte da campanha. Tem coisas que só acontecendo com a gente para darmos mais importância. Por isso acredito que o que aconteceu comigo foi uma providência divina.

Vou tratar a questão da acessibilidade com prioridade no meu governo. Existe mais ou menos 20 mil pessoas com deficiência severa de locomoção. Hoje a cidade de São Gonçalo não é para elas. Isso gera uma série de problemas para elas próprias e as famílias. Vou garantir cidadania às pessoas com deficiência.

Também vamos estimular a ocupação dos espaços públicos com atividades esportivas e culturais nas praças já existentes e em terrenos ociosos que pretendemos erguer lonas de multiuso. Tudo isso com segurança e iluminação. Vamos devolver a cidade para os gonçalenses. No meu governo, a cidade será generosa com as pessoas e tenho certeza que essas ações elevarão rapidamente a autoestima do gonçalense.

Como foi a lógica de construção dos apoios e alianças à sua candidatura, tanto no 1º como no 2º turno.

Olha, foi mais ou menos simples e coerente com o que a gente propunha desde o início de nossa candidatura. Fizemos primeiro um esboço de gestão e conversamos muito com todas as forças políticas da cidade. Foi assim que agregamos ao nosso projeto, além do PPS, o Solidariedade (SDD) e o PSL. Tínhamos sim um pré-acordo com o PMDB, que optou por seguir o projeto do atual prefeito e agora marcha com o outro candidato.

No 2º turno foi a mesma coisa e a aproximação com os vereadores Marlos Costa (PSB) e Diego São Paio foi natural. Quando eu falo "Bora mudar de verdade", eu falo sério, não é propaganda, não é marketing. O Marlos e o Diego são políticos jovens que, assim como eu, querem fazer a diferença. São políticos com perfil de gestores. No meu entender, é isso que precisamos na prefeitura. Pessoas que saibam dialogar e que tenham conhecimento de onde estão. Além deles, estamos marchando com vereadores e, claro, com a população que acredita em nosso projeto.

O 'acusam' de ser ligado ao Picciani, ao Cabral, ao Pezão, Charles...

Eu sou deputado estadual, né? Como deputado tenho que dialogar com todo mundo, principalmente com o governo. Foi com esse diálogo e tratamento respeitoso que consegui várias emendas para São Gonçalo e outros municípios em valores que ultrapassaram 70 milhões de reais desde 2011, quando assumi o meu mandato. Também foi dessa relação respeitosa que consegui serem aprovadas na Alerj e depois sancionadas 30 leis que estão em vigor.

Agora, cada um responde pelos seus atos, não é mesmo? Acredito que houve alguns equívocos no governo estadual que nos deixou nessa situação de quase falência do estado. Se apegaram muito aos royalties e à indústria do petróleo para manter os investimentos e os pagamentos das despesas correntes. Não esperavam a queda gigantesca do preço do petróleo e a Lava Jato, que faz um serviço enorme para limpar o Brasil da corrupção, mas que praticamente paralisou a indústria naval no Rio de Janeiro.

É uma situação muito difícil...

...Que você espera encontrar na prefeitura?

Sim, isso mesmo. Mas há males que vem para o bem. A prefeitura tem um número muito grande de cargos comissionados, muitos deles de funcionários fantasmas, que recebem mas não trabalham. Uns falam em 5,5 mil, outros em 7 mil e há quem afirme que existam 11 mil escondidos em pagamentos de RPA, que não precisa de nomeação. Posso garantir que vou cortar na carne e dizer para os servidores que não haverá em meu governo atraso nos pagamentos e muito menos parcelamento de salários. E acredito que ainda sobrará dinheiro para investimentos.

E em relação ao Charles, só quero dizer o seguinte: ele me chamou num momento difícil politicamente para ele. Relutei muito em entrar no governo. Entrei, vi que era um caos e 45 dias depois eu saí. Isso foi um grande aprendizado para mim, fiquei mais cauteloso. Por isso que estou vindo agora, poderia ter vindo antes, mas agora estou mais maduro. Mas me orgulho muito de nesse período curto de tempo ter implantado o PSF e ter equipado os PAMs de Neves e do Coelho. Nunca mais o vi e não tenho a mínima ideia de onde ele esteja.

Você pretende realizar concursos para contratação de novos funcionários?

Sim, mas primeiro quero arrumar a casa. De imediato, vamos identificar as áreas mais sensíveis. De antemão já posso dizer que haverá necessidade urgente para a área da saúde. Mas quero primeiro dar estrutura ao que já temos. Vou te dar um exemplo: você já foi ali na prefeitura, naqueles setores de arrecadação? É uma vergonha. Cadeiras rasgadas, computadores velhos, logo na área que traz recursos para a prefeitura. Queremos dar dignidade ao servidor e ao cidadão.

Hoje você está à vontade, tranquilo. O que aconteceu nos debates, você travou?

(Risos) Rapaz, já até me entregaram para vocês. (Nota: o Jornal Daki recebeu a informação que José Luiz Nanci tem pavor de câmeras de video) Eu sou meio bicho do mato mesmo. Me sinto muito mal na frente de câmeras de TV, e ainda piora quando estou num lugar desconhecido. Fazer o que, né? Mas já estou me convencendo que eu preciso tratar disso, do que vocês chamaram de 'camerofobia'.

Qual a última mensagem que você queria passar para o eleitor?

Primeiro eu quero agradecer a toda essa gente maravilhosa que acredita em nossa proposta de mudança e transformação da cidade. E também quero dizer o seguinte: cuidado eleitor. Do outro lado, junto e misturado, está todo mundo que por mais de 20 anos não fez essa cidade andar. Muitos que lá estão foram condenados pela Justiça e proibidos de disputar eleições.

Dê essa chance para você mesmo. Vamos fazer o gonçalense sentir orgulho novamente de morar em São Gonçalo. Não perca a esperança, a mudança é possível. Então, bora mudar com o 23.

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