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Prestes a completar 1 mês, desafio do governo Nanci é sanear as contas públicas



Daqui a dois dias, o prefeito José Luiz Nanci completa 1 mês à frente da prefeitura. Passado esse curto período de tempo daria para projetar de modo seguro como serão os próximos 59 meses de governo? Difícil, mas algumas pistas foram dadas e com elas faremos nossa pequena análise.

O prefeito optou por nomear no seu núcleo duro, pessoas muito próximas à família, que ficaram com a responsabilidade de pensar e executar as estratégias de governo nesse momento conturbado do município.

Depois de um ensaio de polêmica, Nanci - sem demonstrar constrangimento, diga-se - admitiu que sua esposa, Eliane, participará ativamente de sua administração pelo seu perfil de 'gestora e empresária competente', como costuma ressaltar. A polêmica desapareceu e tudo indica que o fato já foi digerido pela população. Ela não não terá cargo remunerado.

Politicamente, Nanci tem sido comedido e cauteloso. Com a crise financeira do município, ele foi obrigado a diminuir o número de secretarias, o que desagradou muita gente que anda reclamando pelos cantos.

As 29 secretarias se transformaram em 14, o que diminuiu de modo considerável o poder barganha do prefeito com o mundo político e principalmente com os vereadores. O fim do recesso parlamentar dará uma visão do tamanho real da base governista.

A gula por cargos, pelo menos por enquanto, tem sido contida pela dura realidade econômica do município.

O prefeito vem cumprindo com o que prometeu nas eleições e tem procurado estar próximo da população. É comum encontrar o prefeito nas ruas com o jeito despojado de sempre, seja em ações oficiais do governo ou em locais de lazer que costumava frequentar antes de assumir o Executivo.

A imprensa local, esquecida e até desprezada pelos governos anteriores, tem sido prestigiada. No sábado (28), o prefeito esteve presente no programa Bom Dia São Gonçalo, da TV Ponto de Vista, e durante uma hora e meia respondeu às perguntas dos debatedores sobre todos os assuntos, incluindo o aumento da passagem de ônibus e o insistente problema do lixo que, segundo Nanci, terá o contrato reduzido pela metade.

Essa atitude está sendo bem recebida e o ajudando a atravessar com relativa tranquilidade o turbilhão de problemas financeiros do município.

Porém, nem tudo vai bem. Por conta da falta de pagamentos, os servidores estão em greve. A proposta de parcelamento do salário de dezembro não foi aceita e os sindicatos (Sindspef e Sepe) prometem fazer barulho nas escadarias da prefeitura.

O governo, que mantém diálogo permanente com a categoria, garante que não tem dinheiro para pagar o passivo de dezembro de modo integral. Os professores, que estão de férias, prometem também paralisar as atividades quando voltar às aulas.

E para completar, o quadro econômico e financeiro não tem previsão de melhora em 2017. Segundo informações do secretário de Planejamento, Rômulo Tarouquela a previsão orçamentária de 1,2 bilhão de reais para este ano é uma ficção. A arrecadação (incluindo recursos próprios e repasses) não deve ultrapassar R$ 800 milhões.

Só a folha do funcionalismo gira em torno de R$ 400 milhões por ano. Isto quer dizer que o município, que herdou do antigo governo dívida de R$ 600 milhões, terá capacidade zero de investimento pelos próximos 2 anos se a economia não reagir à recessão.

Nesta conjuntura, é certo que o governo Nanci não fará grandes obras e o maior legado que ele pode deixar são as finanças públicas saneadas. Mas isso não garante reeleição.

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