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Você pode acolher temporariamente crianças em risco social



Eliano Enzo e sua esposa Francia Félix. Foto Divulgação

A prefeitura de São Gonçalo, através da secretaria de Desenvolvimento Social, administra um serviço de fundamental importância ao bem estar de crianças e adolescentes do município.

O programa Família Acolhedora contribui na criação de um ambiente saudável e amoroso para crianças em vulnerabilidade social, muitas delas recém-nascidas, abandonadas à própria sorte. Outras, vítimas de violência física e emocional por parte de mães, pais ou parentes sem a mínima condição de convivência com as vítimas que, muitas das vezes, carregam essas marcas de dor e horror para o resto da vida. Se revoltam e se perdem em histórias de dramas que aumentam o flagelo social que já vivemos.

- As famílias de origem dessas crianças em grande parte também se encontram em situação de violação de direitos. Por isso o serviço é tão importante, porque além de acolher a criança nós também acompanhamos essas famílias entendendo que cada caso é um caso e criando pontes para que todos possam acessar seus direitos quanto cidadãos, garantindo o respeito à dignidade do outro.

Nossa maior tarefa é que essas crianças retornem aos seus lares de origem. E esgotadas as possibilidades, a partir de um avaliação técnica com os serviços de garantias de direitos como o Ministério Público, Conselho Tutelar e Vara da Infância, nós indicamos para que essa criança entre no processo de adoção, quando é o caso - disse Marlos Costa, secretário de Desenvolviment Social e responsável pelo programa.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em São Gonçalo, Eliano Enzo, e sua esposa, Francia Félix, participam há dois anos do programa que já mudou a realidade de centenas de crianças em São Gonçalo.

-Estamos em nosso segundo acolhimento e é um desafio. Não é uma situação como de um orfanato, onde a criança é deixada, e apesar de ser um período temporário, criamos vínculo, a família abraça e nós aprendemos juntos. Bom seria se todos fizessem parte desse projeto, que muda não só a vida dessas crianças, mas também de quem as acolhe - ressaltou Enzo.

Pensado como uma medida protetiva, o serviço atualmente abriga 13 crianças em lares temporários. Mas a demanda, infelizmente, é grande, obrigando a Vara da Infância e Adolescência recorrer a abrigos quase sempre inadequados às necessidades das crianças.

O Família Acolhedora é responsável por selecionar, capacitar, cadastrar e acompanhar as famílias acolhedoras, bem como realizar o acompanhamento da criança acolhida e as famílias de origem. Com uma equipe formada por assistente social, psicólogas e educadores sociais, a proposta é tornar novamente possível a convivência familiar e comunitária.

As famílias que participam do programa o fazem de modo voluntário, sem nenhum ônus material. Todas as necessidades básicas das crianças, como roupas e alimentação, são bancadas pela prefeitura.

- Crianças, sobretudo aquelas com histórias mais fragilizadas, precisam e merecem um lar onde possam encontrar uma referência de família e afeto. Nossa família foi muito receptiva, e entendemos que tudo é um processo. Além disso, temos todo o amparo da secretaria com auxílio em transporte, alimentação, consultas médicas, o trabalho é realmente fantástico. Nos sentimos acolhidos também", finaliza Francia Félix, que é mãe experiente de três filhos com 13, 18 e 19 anos respectivamente.

Para fazer parte do programa, basta procurar a equipe do serviço na sede da secretaria, localizada na Rua Uriscina Vargas, 36, Mutondo. Telefone: 3719-2473.

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