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Com cartas na mesa, candidatos partem para pré-campanha



Terminou ontem (7) o prazo de desincompatibilização daqueles que ocupavam algum cargo público e que desejam participar das eleições deste ano, se realmente houver.

Em São Gonçalo, se afastaram do cargo secretários e subsecretários, com destaque para Marlos Costa (Desenvolvimento Social), Dimas Gadelha (Saúde), Rodrigo Miranda Tiquinho (Governo) e Rafael do Gordo (Habitação), que hoje ocupa uma das suplências do PMDB na Alerj.

Marlos participou de um evento de despedida da secretaria organizado por funcionários, apoiadores e correligionários na quinta-feira passada, um dia antes de sua exoneração oficial da SMDS. Mais de 500 pessoas foram ao encontro do agora ex-secretário em ambiente permeado de emoção e carinho genuínos, coisa rara na política e combustível decisivo numa campanha.

Marlos começa bem a pré-campanha após uma boa temporada como gestor à frente da SMDS, com um grupo político consolidado e apoio irrestrito de seu partido, o PSB, do qual é dirigente estadual e um dos principais articuladores para o seu fortalecimento, com a entrada dos deputados Molon e Minc e refiliação de quadros históricos da legenda.

O médico sanitarista, Dimas Gadelha, foi longevo na gestão frente à Saúde, mas um novato na política eletiva. Assim como Marlos, Gadelha irá concorrer a uma vaga para deputado federal. Esta semana sacramentou sua entrada no DEM, sob as bençãos em pessoa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

A aproximação de Maia sinaliza que o DEM irá colocar sua máquina a favor de Gadelha, não apenas em São Gonçalo, mas em todo o estado, caso se concretize a candidatura de Eduardo Paes, recém filiado ao partido.

De todos as candidaturas saídas do governo Nanci, a de Rodrigo Miranda (PPS) é um paradoxo. Ela é a mais forte e a mais fraca ao mesmo tempo. Ela depende totalmente do peso do prefeito e da máquina da prefeitura em sua campanha.

Embora seja experiente como coordenador (liderou todas as campanhas de Nanci), é um nome desconhecido do grande eleitorado num período de vacas magras para os partidos e a prefeitura não está lá bem das pernas, fazendo com que seu poder de barganha diminua bastante. Um outro complicador é a má vontade da primeira-dama com a candidatura do baixinho. Ele tentará uma vaga na Alerj.

O filho do vereador mais polêmico da cidade, Rafael do Gordo, é vítima direta da implosão da PMDB no Rio e do desmantelamento do poder da família Picciani no partido, na Alerj e em várias autarquias que controlava, como o Detran.

Ligado ao modo fisiológico de fazer política, Rafael terá muitas dificuldades nesta eleição. Ele também tenta uma vaga na Alerj.

O presidente da Câmara de vereadores, Diney Marins, não ocupou nenhum cargo no governo Nanci, mas sua candidatura também sai de uma das costelas do prefeito. Sem espaço no PSB de Marlos, aproximou-se de Nanci, aparou as arestas do passado e se filiou ao seu partido, PPS, para concorrer a uma vaga de deputado em Brasília.

O próprio Marins admite ser uma eleição muito difícil devido às novas regras de financiamento e do tempo de campanha, muito curto. O vereador, por sua vez, aposta em sua maior conquista, a nova Câmara, para apresentar para o eleitorado.

Grande expectativa ocorre em torno dos candidatos da Igreja Universal, Dejorge Patrício e Roberto Salles, ambos do PRB. O pleito deste ano é uma espécie de ensaio geral para 2020, quando a igreja de Edir Macedo, assim como fez no Rio, tentará chegar ao poder máximo de São Gonçalo. Patrício voltou à suplência cedendo a vaga à titular, Clarissa Garotinho.

A Universal faz um trabalho silencioso que tem toda a pinta de ser duradouro caso Patrício vença as eleições em 2020. Por isso a votação nele nessas eleições será o termômetro político e eleitoral para os próximos anos.

Salles, embora acusado de pouco fazer por São Gonçalo, terá o engajamento dos fiéis da Universal para buscar a reeleição. Os dois, Salles e Patrício, fazem parte da base política do governo Temer e as pessoas sabem o que eles fizeram no verão passado.

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Atualização: Segundo reportagem de O São Gonçalo, a Igreja Universal (PRB) não tinha interesse em bancar a reeleição de Roberto Salles, que migrou para o Dem.

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