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Gleici, 'cria' de governos petistas, vence BBB 18



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Acordo, pego o celular, e na timeline de Twiter e Facebook apenas um nome, um diminutivo de nome, na verdade, enchia a tela: Gleici. E logo após ou antes do nome 'vencedora do BBB 18'.

O Big Brother Brasil, há impressionantes 18 anos no ar de modo ininterrupto, nunca me causou comoção como ocorre na média nacional. O voyeurismo do programa sempre me foi vulgar, mas o povão adora, e não sou eu que vou colocar em nenhuma balança moral ou estética o gosto dos outros.

Mas voltando à 'Gleici do BBB 18', como aparece no motor de buscas do Google.

Gleiciane Damasceno - seu nome de batismo - ganhou o BBB deste ano, e, tirando impostos e taxas da receita federal, é a mais nova milionária do Acre. Sim, ela é do Acre, para quem duvidava que tal estado existia em nossa capenga federação. A Gleici embolsou R$ 1,5 milhão depois de ficar confinada por alguns meses numa casa no Projac.

Se ser do Acre é um quase exotismo, assim como o foram Chico Mendes e a Marina Silva - agora alcunhada Blablárina -, exótico é o perfil da Gleici no Buzzfeed, que não seria nada de mais para o senso comum se não fosse acreana num contexto histórico e político em que nos metemos nos últimos três anos.

A moça de 22 anos tem toda aquela história bem conhecida de nossa desigualdade social: pobreza, violência doméstica..., mas a sua superação não é nada clichê, e desnuda melhor esse papo escroto e deturpado de meritocracia.

Gleici, estudante de psicologia, é o retrato fiel das gentes que tiveram acesso a programas sociais e foram bem sucedidas, graças a iniciativas de governos, nesse caso, petistas. Embora fosse obrigada a andar 6 km a pé para chegar à escola.

Programas como o Fies, financiamento estudantil do ensino superior, que possibilitou a Gleici estudar na Uninorte. E se o acesso ao nível superior pode ser uma fábrica de fazer 'coxinhas', com Gleici foi diferente: uma explosão de consciência e ativismo social.

Gleici é presidente do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial, aos 16 anos, participou da criação da JUBS (Juventude Unida da Baixada da Sobral). Membro do movimento negro, Gleici deu palestras na Universidade Federal do Acre e também foi voluntária no projeto "Psico Comunidades", que tinha como objetivo levar a prática da psicologia aos bairros pobres.

É filiada ao PT.

Alguns não verão nela superação alguma. Mais uma 'esquerdopata', dirão. Não enxergarão a importância do Estado em promover oportunidades iguais para todos. Comunistas! Bradarão.

Esperta é a Globo, que dilui na Gleici sua podridão e o quanto mal faz ao povo brasileiro.

E na comemoração, para milhões de pessoas, a mocinha ainda mete um #LulaLivre...


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