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Ciclovias dão uma noção do abismo que separa Niterói de SG



Numa dessas coincidências cósmicas, dois jornais do leste fluminense (O São Gonçalo e O Fluminense) abordaram hoje em seu noticiário a problemática da mobilidade urbana tendo como referência a boa e velha magrelinha com enfoques completamente distintos.

Do lado norte do Rio Bomba, a repórter Marcela Freitas, de O São Gonçalo, baseou a sua matéria no coordenador da União Gonçalense de Ciclistas (UGC), Charles Gomes, que já havia dado uma extensa entrevista ao Daki em agosto de 2017.

A repórter de OSG destaca que Gomes, de 44 anos, luta junto à gestão municipal para que "a bicicleta deixe de ser pensada somente como um meio de lazer e seja pensada como transporte público, suficiente para mitigar os problemas com mobilidade e sustentabilidade de uma cidade".

Freitas também aponta que "segundo estudos da UGC, a cada uma hora, cerca de 40 pessoas (30 homens e 10 mulheres) trafegam pela Rua Presidente Kennedy, no Centro, de bicicleta".

E Gomes, especialista no assunto, comenta meio irritado: “O governo fala que o ciclista tem como espaço, a Rua Jaime Figueiredo. Mas essa área foi criada sem o menor planejamento e enxerga a bicicleta como meio de lazer e não de transporte. Queremos uma cidade com mobilidade urbana e acessibilidade”, afirmou.

Já do lado sul do rio que divisa São Gonçalo de Niterói, a repórter Carolina Ribeiro, de O Flu, narra as dificuldades que ciclistas têm em encontrar vagas no bicicletário público da praça Arariboia. Segundo a reportagem, a prefeitura reconhece o problema e prometeu ampliar o número de vagas para as magrelinhas da Cidade Sorriso.

Ribeiro continua, dizendo que "para a Prefeitura, a grande procura pelo Bicicletário Arariboia evidencia o sucesso da implantação de infraestruturas como paraciclos, bicicletário, ciclovias e ciclofaixas na cidade desde 2013, e que mais segurança para guardar a bicicleta e transitar pela cidade estimula mais pessoas a usarem o modal".

Essa postura do poder público era tudo que o nosso primeiro personagem, Charles Gomes, queria para a sua cidade. O investimento pesado das ciclovias de Niterói foi feito com dinheiro federal através de projetos enviados ao Ministério das Cidades.

E, para finalizar, a repórter de O Flu dá aspas para a bióloga Maria Duque, 43 anos, que todo dia usa sua bike para chegar ao trabalho no Rio.

- O resultado do bicicletário lotado é positivo para a cidade, significa que mais gente está apoiando a ideia. A prefeitura tem incentivado o uso da bicicleta, mas ainda não chegou na estrutura ideal. (...).

É, Maria Duque...: se você conhecer a realidade de São Gonçalo, saberia que estamos longe, muito longe do que já foi feito em Niterói.

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