Saúde inaugura "Casa de Passagem" para pacientes psiquiátricos
A criação desta unidade faz parte da desinstitucionalização em saúde mental
Unidade pasou por ampla reforma para receber pacientes gonçalenses internados em outras cidades
Com a finalidade de inserir diversos pacientes psiquiátricos no ambiente familiar, a Secretaria de Saúde irá inaugurar nos próximos dias uma "Casa de Passagem" na Clínica Nossa Senhora das Vitórias, no Zé Garoto. A intenção é realizar a reinserção social destes pacientes durante o processo de desinstitucionalização.
- A criação desta unidade faz parte da desinstitucionalização em saúde mental, uma das diretrizes da reforma psiquiátrica, visando o cuidado em liberdade de pessoas, no âmbito familiar, fora das instituições de internação de longa permanência, buscando a superação do modelo tradicional de assistência ao portador de sofrimento psíquico, através da criação de serviços substitutivos e de uma rede de atenção integral à saúde mental, visando o resgate dos direitos das pessoas que apresentam transtornos psiquiátricos - explica o secretário de Saúde, Jefferson Antunes.
A nova unidade, que tem capacidade para receber 30 pessoas, conta com área de convivência, sala de jogos, refeitório, cozinha e quartos para portadores de sofrimento psíquico.
- Estamos cumprindo três demandas do Ministério Público, trazendo moradores de São Gonçalo que estavam em clínicas de Tanguá e Niterói. Antes de voltar para o convívio social eles precisam passar por um processo de adaptação para voltar ao convívio social - declara a diretora da unidade, Dra. Prícela Celano.
A Clínica Psiquiátrica Nossa Senhora das Vitórias, no Zé Garoto, passou por uma grande reforma estrutural que compreende a parte elétrica, hidráulica, além de pintura e reforma da unidade que hoje abriga 217 pacientes. A reforma vai desde as seis enfermarias, sala de curativos até o refeitório. O objetivo foi melhorar a qualidade dos serviços oferecidos aos pacientes que ainda não podem ser reinseridos na sociedade. A unidade atende pacientes graves, que mesmo após o processo de desinstitucionalização das unidades psiquiátricas não receberam alta para voltar ao convívio social.
