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Se depender de Witzel, intervenção acaba em 31 de dezembro


Eleito anunciou que quer rever regime de recuperação fiscal


O candidato eleito ao governo do estado do Rio, Wilson Witzel - Tânia Rêgo/Agência Brasil

O governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), disse que não pretende pedir a prorrogação da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro - que termina em 31 de dezembro - mas gostaria de continuar tendo o apoio das Forças Armadas no estado. “Pretendo aproveitar o legado da intervenção, afirmou. Witzel quer marcar um encontro com o interventor federal, general Braga Netto, para saber qual o apoio que o estado poderá continuar tendo.


O governador eleito quer ainda ampliar o Conselho de Segurança, que é presidido pelo secretário da pasta, para incluir outras instituições, como as polícias Federal e Rodoviária Federal, além de representantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e das Forças Armadas.

Witzel prometeu reduzir o número de secretarias e afirmou que pretende ter uma equipe técnica no governo. Os nomes que vão compor o secretariado devem ser conhecidos, provavelmente, no final de novembro, segundo o eleito. “Até lá, temos colaboradores. Vou convidar alguns colaboradores. Policiais civis, policiais militares, médicos, professores de diversas áreas”.

Witzel adiantou que a esposa vai assumir a área de programas sociais. “A Helena começa a tomar conta da área da solidariedade, que é uma grande preocupação nossa. Vamos começar a pensar também no Rio Solidário”, informou.

Regime de recuperação

Na economia, embora considere que é preciso negociar com o Congresso, afirmou que pretende rever o regime de recuperação fiscal. “Ele foi, no meu ponto de vista, uma proposta ruim. Exige aumento de impostos, exige demissão de servidores e outras medidas cujas metas são difíceis de serem cumpridas, além da Cedae [Companhia Estadual de Águas e Esgotos] estar como garantia”, apontou.

Ainda na economia, disse que pretende abrir as portas para o capital estrangeiro e aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) do estado para criar empregos e melhorar a capacidade de oferecer serviços públicos.


Nascido em Jundiaí

Depois da coletiva em um hotel no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio, ele se dirigiu a casa de espetáculos Ribalta que fica ao lado para um encontro com correligionários, onde agradeceu o apoio que recebeu na campanha e prometeu entregar um Rio melhor no fim do mandato.

O governador eleito tem 50 anos e nasceu em Jundiaí, São Paulo. Ele é advogado e ex-juiz. Pediu exoneração do cargo ao se filiar ao Partido Social Cristão (PSC). No primeiro turno, Witzel conquistou 3.154.771 votos, o que representou 41,28% dos votos válidos.

Pouco conhecido no cenário político quando começou a campanha, alcançou apenas 1% na primeira pesquisa de intenção de votos, mas surpreendeu no primeiro turno com uma subida inesperada, deixando para trás o senador Romário. O vice-governador eleito é o vereador Cláudio Castro (PSC), de 39 anos.

O ex-juiz federal Wilson Witzel (PSC) foi eleito governador do Rio de Janeiro com 59,99 % dos votos válidos em todo estado. Eduardo Paes (DEM) ficou em segundo lugar, com 40,13%. Em São Gonçalo, Witzel obteve pouco mais de 274 mil votos (65,99%) e Paes 141 mil votos (34,01%).

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