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Google possibilita visitação virtual ao Museu Nacional destruído em incêndio


Museu Nacional do Rio de Janeiro agora pode ser visitado virtualmente no Google Arts & Culture; imagens foram capturadas em 2017


Mesmo que seja reconstruído, o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, nunca mais será o mesmo, afinal, o incêndio que o atingiu em 2 de setembro acabou com a maior parte do seu acervo. Mas pelo menos é possível fazer um passeio virtual que mostra como o museu era antes da tragédia: agora, o local faz parte da plataforma Google Arts & Culture.

Não estamos falando de uma iniciativa recente. Lançada em 2011 com o nome Google Art Project, a plataforma foi criada justamente para permitir visitas virtuais a museus e galerias de arte de várias partes do mundo, bem como oferecer vasto material explicativo sobre as peças expostas. A tecnologia usada é a mesma empregada no Google Street View.

Várias instituições já fazem parte do projeto, entre elas, o Museu Van Gogh (Amsterdã), a Casa Batlló (Barcelona), o MoMA (Museu de Arte Moderna de Nova York) e o MASP (Museu de Arte de São Paulo).

A plataforma Google Arts & Culture é interessantíssima. Você pode descobrir detalhes sobre museus ou galerias que talvez nunca venha a conhecer pessoalmente ou obter mais informações sobre lugares já visitados, mas que, por qualquer que seja a razão, você não pode conferir como gostaria.

Mas isso é um tanto óbvio. O que chama atenção aqui é que o Museu Nacional colocou o Google Arts & Culture diante de uma situação inesperada. Os organizadores do projeto nunca imaginaram que a plataforma acabaria servindo para preservar a memória de um museu destruído.

O acordo entre Google e Museu Nacional foi fechado em 2016. As capturas de imagens em 360 graus foram realizadas ao longo de 2017. Chance Coughenour, gerente de preservação histórica do Google Arts & Culture, explica que todo o trabalho foi orientado por funcionários do museu, que indicaram quais partes deveriam ser incluídas no tour virtual.

Estima-se que 60% das áreas do Museu Nacional abertas à visitação pública tenham sido incluídas na plataforma. A visita virtual começa pelo jardim frontal do museu e, quando entra no prédio, destaca a exposição de Luzia, o fóssil mais antigo das Américas — e que foi parcialmente recuperado após o incêndio.

A área de paleontologia, o meteorito do Bendegó, as coleções de zoologia, os artefatos africanos e o sarcófago de Sha-amun-en-su estão entre as várias outras exposições do Museu Nacional que podem ser conferidas no tour.

Além de imagens, a visita virtual tem narração. A página do Google Arts & Culture dedicada ao Museu Nacional disponibiliza ainda fotos e textos explicativos sobre diversos itens.

Não é a mesma coisa que conhecer o museu “ao vivo”, mas, diante das circunstâncias, é uma tremenda sorte que esse trabalho tenha sido realizado.

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