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'Efeito Colateral' entra em sua 3ª edição celebrando a vida de Marielle Franco


Especial para o Jornal Daki

Esse mês completou um ano da execução da vereadora eleita pelo estado do RJ em 2016, Marielle Franco. Essa premissa por si só bastaria para entendermos a necessidade e importância de se discutir e evidenciar hoje tudo que constrói e se relaciona a vida pública e política de Marielle Franco, mulher negra e periférica que, desde seus feitos importantíssimos na sua curta passagem na política de nosso estado e para qual tem sua representação valorosa para as minorias excluídas e marginalizadas de nossa sociedade (estes que sempre foram a luta de suas pautas dais quais não teve medo de exigir o respeito e a justiça devida aos mesmos), nos faz perceber o quão é desoladora e cruel a perspectiva desumana que se encontra hoje o senso comum de nossa população em reflexo a consequência desse desastre político que nos encontramos atualmente.


Sim, Marielle Franco faz falta até para aqueles que nunca ouviram falar de seu nome. Claramente um nome que já entrou para nossa história. Nome esse alvejado pelo poder opositor numa tentativa frustrada de se silenciar; obviamente nunca calado pela vontade de justiça daqueles que caminham sobre seus ensinamentos e sua coragem.

Também não podemos ser negligentes e esquecer uma outra força sua, e qualidade, que tanto fez de Marielle Franco a mulher desse início de século em nosso país: os afetos construídos por toda sua empatia, e de certa forma generosidade, de sua disposição pela causa popular, os carinhos retribuídos e reconhecidos de toda população que via, e vê, na imagem de Marielle Franco a força e a coragem que se importa para qualquer avanço social e que se mostre no mínimo decente.

Começado as palavras do texto com este sincero esclarecimento, justamente como forma de eco sobre tudo que hoje circunda a memória e história desta mulher incrível, precisamos mais do que nunca nos atentar a todos e quaisquer movimentos que trazem a memória de seus feitos para que não se crie nenhum tipo de pausa em suas ideias e também de sua ideologia.

Nesse sentido, São Gonçalo que é uma cidade onde pouco se faz para que a cultura e o acesso a informações nos estejam ao alcance, devidamente estruturada, e que nos propicie reflexão para conjuntura atual, tem seus fenômenos raros que caminham contra essa corrente já tão incrustada em nosso cotidiano. Um desses fenômenos atuais que aqui venho atentar-vos e do qual tenho tido o privilégio de construir junto com outro nome importante para cultura de nossa cidade, o gigante Rafael Massoto, tem seu nome a consequência disso tudo: Efeito Colateral.

A Efeito Colateral, que está no seu terceiro encontro, acontece toda última terça feira do mês, às 19h, na sede do PCdoB, vem construindo um diálogo direto e sincero com a população gonçalense num esquema em que podemos nos banhar de informação e cultura através de muita conscientização política e manifestações artísticas. Por isso, neste mês o nosso encontro está sendo todo em memória de Marielle Franco. E não podia ser diferente. Nele teremos com muita honra e orgulho mais uma vez a presença da ilustre Tainá de Paula, mulher política e que esteve muito próximo de Marielle.

Para quem quiser conhecer um pouco de seu trabalho, ela acaba de escrever um artigo incrível e de suma importância para Carta Capital intitulado “Crime político de Marielle é um marco irreparável na história do Rio”. Teremos nas manifestações artísticas a primeira vez do grupo “Os Afrotelúricos” em terra gonçalense, eles que têm um trabalho lindo de aprofundamento na cultura afro-brasileira, apresentarão um trabalho especial em memória de Marielle; também somando forças ao evento, o jovem músico gonçalense Jorginho Cardoso mostra um pouco do seu trabalho de voz e violão que viaja pelo samba e MPB; e trazendo toda sua irreverência e força ao interpretar poemas sublimes e quase sempre de viés político à nossa realidade, o artista Rheinaldo Baso com seu banho de arte e cultura. Teremos também a presença da irmã de Marielle, Anielle Franco, que muito gentilmente se propôs a participar de nosso evento (estamos muito gratos por isso).

Então, aproveitando este convite para escrever sobre nosso encontro já marcado para dia 26 agora, faço um chamado geral para todos que simpatizam por nosso movimento e que enxergam na Efeito Colateral uma ponte para as conexões necessárias na construção de uma sociedade mais digna, de amplo acesso, sobre um viés revolucionário, para que criemos uma corrente e que nos fortaleçamos para juntos crescermos e fazermos de nossa SG uma cidade diferente da que conhecemos.

Se por ventura algum leitor deste texto quiser contribuir com nosso evento, seja para uma crítica, para um contribuição financeira, seja para um apoio de divulgação, estamos abertos a todos. Procure na rede e plataformas pela Gnósis Cultural e entre em contato. Mais do que nunca é preciso se fazer presente, é preciso fazer diferente para conquistarmos nossos direitos de acesso e civilidade, e essa homenagem em memória de Marielle Franco é justamente o efeito colateral de toda ação espúria que envolve seu assassinato.

Porém nunca calarão a força de seu nome e sua história! Por isso ecoamos como uma única voz: Marielle, presente!! Hoje e sempre!!!

Serviço

Efeito Colateral #3: Marielle Presente!

Amanhã, 26/03 às 19:30 horas.

Sede PCdoB - Rua Doutor Feliciano Sodré, 45, Centro, São Gonçalo

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