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Centro LGBTI realiza seminário em comemoração ao primeiro ano de existência


Equipamento já atendeu mais de 600 pessoas ao longo destes 12 meses


A psicóloga Karla Amaral, o advogado André Siqueira e o também psicólogo Junior Braga coordenam o programa/Foto: Divulgação

No dia 4 de julho completa um ano que junto à mobilização com movimento sociais, São Gonçalo ganhou o Centro de Referência Especializado na promoção da cidadania LGBTI, vinculado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social. Pioneiro na efetivação de políticas públicas de enfrentamento à lgbtifobia e na garantia de direitos, e com mais de 600 pessoas assistidas ao longo destes 12 meses, nesta mesma data, na Faculdade de Formação de Professores (UERJ-FFP), no Patronato, o centro irá celebrar um ano de existência com o II Seminário de Atenção à População LGBTI, a partir das 17h30.


- A política pública não é um favor, e sim, um direito de todos, e legitima o nosso serviço de afirmação e valorização da cidadania da população LGBTI - destacou o coordenador Júnior Braga.

A programação tem como objetivo apresentar ao município dados e levantamentos do trabalho realizado, além de dialogar junto à cidade sobre o atendimento à população LGBTI no município em suas variadas instâncias.

O encontro será dividido em três momentos: 1) Mesa de abertura: Junior Braga, psicólogo e coordenador do Centro LGBTI; Thalia Carvalho, trans ativista, e vice-presidente da Associação Gonçalense LGBTI e Eduardo Braga, presidente da Associação Gonçalense LGBTI.

2)Compartilhando experiências - ativistas e parceiros: Anne Claudia, psicóloga representante do Gsex e condutora do Grupo terapêutico do Centro LGBTI de São Gonçalo; Bruno Ferreira, pós-graduando em Direito Homoafetivo e de gênero e membro do grupo de advogados pela diversidade sexual e de gênero; Bruna Benevides, membro da Associação Nacional de Travestis e transsexuais (ANTRA) e Fórum Estadual de Travestis e transsexuais do RJ; Felipe Carvalho, homossexual negro de luta e militância LGBTI, presidente do Grupo Diversidade Niterói (GDN), vice-presidente do Conselho Estadual LGBTI e diretor nacional de combate ao racismo da ABGLT; Lázara Rodrigues, assistente social e coordenadora do Centro de Cidadania LGBTI Leste do Programa Rio sem Homofobia.

3)Contribuições da Psicologia e do Serviço social na compreensão das políticas públicas para a população LGBTI: Nathalia Carlos, assistente social e assessora parlamentar que atuou na implementação do Centro LGBTI em São Gonçalo; Luan Cassal, pesquisador, doutorando em psicologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e Alexandre Nabor, psicólogo, mestre em Políticas públicas em Direitos Humanos pela Universidade Federal do Rio de Janejro (UFRJ) e coordenador do eixo Diversidade sexual e de gêneros do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro.

O Brasil é o país que mais mata lésbicas, gays, bissexuais, trans e travestis no mundo, sendo uma a cada 25 horas. O Rio de Janeiro é o quinto Estado com o maior índice de crimes de ódio contra a população LGBT, e em São Gonçalo não é diferente. Com uma população de mais de 1 milhão de habitantes, os desafios se mostram ainda maiores na construção de políticas efetivas entre o Governo e a sociedade civil.

Apenas neste ano, a unidade acompanhou cinco casos de lgbtifobia. Nestes casos o técnico recebe a vítima e familiares, realizando o atendimento inicial, acompanhamento na delegacia para efetuar o registro de ocorrência (caso a vítima ainda não tenha feito) e depois a pessoa é inserida nos serviços ofertados pelo Centro, inclusive no grupo terapêutico para o apoio psicológico em parceria com o Gsex.

Em janeiro, o Centro realizou um passo histórico na assistência a Logan Bernardo Melo Moura, de 20 anos, o primeiro homem transsexual a alterar o nome social na certidão de nascimento, através do Centro de Cidadania.

- Quando peguei a certidão comecei a chorar e pensei no quanto sou privilegiado. Eu fiquei muito feliz e chorei por ter a minha existência reconhecida - afirmou o jovem.

Em fevereiro deste ano a equipe técnica do Centro deu início ao planejamento do marco regulatório, que através de projeto de lei irá institucionalizar o equipamento como política pública. O documento já está pronto e será encaminhado para a Câmara de Vereadores para apreciação e votação.

- A importância da regulamentação dos direitos da população LGBTI, através do projeto de lei, visa contribuir com a construção de políticas públicas efetivas em nossa cidade. É de fato um marco no que diz respeito a cidadania. E poder celebrar um ano de existência do Centro é uma grande alegria para nós que acreditamos no serviço público como forma de mudar a vida das pessoas - disse a secretária de Desenvolvimento Social, Marta Maria Figueiredo.

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