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A face mais cruel do homem, por Cristiana Souza



Em 09 de março de 2015, foi sancionado pela presidente Dilma Rousseff, a Lei nº 13.104, (Lei do Feminicídio) que altera o art. 121 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, para prever o feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio, e o art. 1º da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990, para incluir o feminicídio no rol dos crimes hediondos.


Temos o entendimento de que o feminicídio é a morte violenta de mulheres por motivações de gênero, sendo um crime de ódio.

Apesar da Lei do Feminicídio no Brasil ser muito recente, a palavra feminicídio vem do termo femicídio, cunhado pela socióloga sul-africana Diana Russell em 1976, em um simpósio chamado Tribunal Internacional de Crimes contra Mulheres, em Bruxelas, na Bélgica.


Nesse sentido, passando a parte teórica do texto, senti a necessidade de escrever para as mulheres que, assim como eu, vivem cotidianamente tendo que desconstruir o machismo que nos persegue em nossa esfera familiar, de trabalho e em diferentes contextos sociais e políticos.



O aumento sistemático dos crimes de ódio contra nós, mulheres, é assustador e mostra a face mais cruel do homem que não aceita o fim de um relacionamento abusivo; que não suporta a liberdade dos nossos corpos e mentes; o amor finda quando percebemos que dormimos com o inimigo, o qual nos subjuga e nos oprime.


Sabemos que não é fácil sair de um relacionamento abusivo, pois os fatores que nos aprisionam perpassam por inúmeros fatores, desde o medo, falta de apoio da família, amigos e colegas, que muitas vezes desacreditam ou até julgam a mulher pela violência, dissolução do núcleo familiar, fragilidade socioeconômica, entre outros.

Hoje compreendo a importância do feminismo e da sororidade para que possamos nos fortalecer de forma ética e política na perspectiva de igualdade entre os gêneros e de uma sociedade fraterna que deixe de nos matar.


E pra finalizar deixo vocês com a frase poderosa de Simone de Beauvoir: Não se nasce Mulher, torna-se Mulher.

Cristiana Souza é Assistente Social.


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