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A revolução será pelos livros, por Rafael Abreu


O Ministro da Economia Paulo Guedes, fez uma declaração que repercutiu muito semana passada, Guedes propôs tributar os livros, alegando que livros são artigos de luxo.


Essa proposta absurda e maquiavélica, vai prejudicar muitos autores e editoras, além de alunos e leitores com um poder aquisitivo mais baixo.


Segundo Guedes, o setor passará a pagar a alíquota de 12% da Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS) que extingue o PIS e a COFINS, unificando esses dois últimos.


A  importância dos livros na cultura, na educação e na formação de um ser humano é tão fundamental, que o livro é protegido de tributação pela Constituição Federal.


A proposta enviada pelo ministro Paulo Guedes, gerou revolta e indignação por todo país e resultou na hashtag #DefendaOLivro.


Essa é mais uma indústria que corre sério risco de extinção e tenta resistir e se adaptar as mudanças desse mundo moderno.


As indústrias fonográficas e fotográficas por exemplo, desmoronaram com a invenção da câmera digital e do ipood.


Em seguida, o celular uniu os dois e hoje em dia você não vê mais ninguém de ipood e nem com máquinas digitais por aí.


Tá tudo na palma da sua mão, a qualquer hora, em qualquer lugar e a qualquer momento.


Pensando nisso, a indústria dos livros criou os ebooks, livros em PDF ou em outro formato de arquivo, vendidos ou disponíveis para downloads na internet. O que provocou o esvaziamento e posteriormente o fechamento em série de grandes livrarias pelo Brasil.


O setor de livros vem sofrendo muito com os avanços da tecnologia, já existem diversos pedidos de recuperação judicial de livrarias como Cultura e Saraiva.

E mesmo com todos esse problemas, a indústria do livro, lança em todo o mundo cerca de 1 milhão de novos títulos por ano e emprega milhares de pessoas. 

Para os amantes da leitura, nós preferimos o livro tradicional. Até o cheiro do livro é gostoso! rs


Aquela obra tem muito do autor e da editora embutidos e carrega muitos significados e sentidos a sua publicação.

Existem livros importantíssimos na construção de concepção e conhecimento e como muitos já sabem, o conhecimento é libertador.


Já que não estão conseguindo destruir os livros e não podem queimá-los e nem proibí-los. Então a estratégia utilizada pela ditadura Neoliberal é tributá-los e os tornarem cada vez mais inacessíveis as classes C, D e E.


São estratégias de segregação e alienação, apoiadas pelas classes A e B.


A famosa "Elite do Atraso", minuciosamente retratada e exposta, pelo professor e sociólogo Jessé Souza.


Todos os brasileiros deveriam ler esse livro, para compreender melhor o que aconteceu em nosso país, da Escravidão até a Lava-Jato.


A malha fina do nosso tecido social foi rasgado e foi colocado abertamente de forma brilhante, surpreendente e crítica pelo autor.

Essa obra forte e inovadora, A Elite do Atraso, é um livro para ser apresentado e debatido nas escolas e nos centros acadêmicos do nosso país. 


Ele expôs sem dogmas, a causa e os efeitos de todo esse lixo que a nossa elite falsa e moralista, impõe a nossa sociedade.


A tributação dos livros é mais uma investida desse governo genocida, que deseja a qualquer custo acabar com a nossa Cultura e com a nossa Educação.


Resistir é preciso e mais do que nunca necessário.


Eu sou Rafael Abreu, colunista dessa Pátria que Pariu.


Rafael Abreu escreve semanalmente no Daki.




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