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As Francias daqui - por Helcio Albano


Francia, ao lado de ativistas, no discurso da vitória/Reprodução
Francia, ao lado de ativistas, no discurso da vitória/Reprodução

Uma "mulher da parada", colombiana negra de nome Francia Márquez, assim como os caranguejos dos mangues de Itaoca, chegou ao topo. Ela se tornou vice-presidenta da Colômbia neste domingo (19).


Ela terá, ao lado de Gustavo Petro, eleito presidente, a difícil tarefa de descontruir o rígido edifício de opressão e violência levantado há dois séculos por uma elite branca e sádica, aliada de primeira hora e submissa aos interesses do imperialismo norteamericano no subcontinente. Não será fácil.


Cria de Caucua, a Salgueiro de lá, Francia, mãe solo, que é advogada depois de lavar muito chão de madame como empregada doméstica, é ativista dos direitos humanos e ambientais. E paga caro por isso. Refugiada em seu próprio país, é jurada de morte por mineradores, narcotaficantes e madeireiros que atuam livres e faceiros no lado colombiano da Amazônia.


Sim, os problemas latino e sul americanos - quando não semelhantes - são os mesmos. Bruno e Dom que o digam. Agora, em outro plano.



No sábado, no Programa Daki, tive a oportunidade de entrevistar a militante da neurodiversidade, Luana Mota, que é pré-candidata a deputada estadual. Sabia que entrevistaria a mãe da Cecilia, autista, mas descobri que ela é neta da Marli, a Francia que mudou a sua vida, tornando-a uma Francia de sua Caucua, Boa Vista, ainda mais arretada, inquieta e preparada para nos ajudar a construir uma nação de Francias com paz, justiça social e ambiental.


A Ação é um ato concreto de fé.


Veja a entrevista:


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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.




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