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As mortes no reino de bozomort - por Helcio Albano


Preso em Salvador, Jorge Luís do Santos, que recuperou a moto de Bolsonaro, foi encontrado enforcado em sua cela numa divisão da Polícia Civil na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro Foto: João Cerqueira / JB
Preso em Salvador, Jorge Luís do Santos, que recuperou a moto de Bolsonaro, foi encontrado enforcado em sua cela numa divisão da Polícia Civil na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro Foto: João Cerqueira / JB

Tem duas coisas que não existem: Papai Noel e coincidências. Sobretudo quando elas, as coincidências, envolvem a famiglia bozo. Tudo começa em 1995, em Vila Isabel: um ladrão “meteu” a moto do valentão e, de quebra, levou sua arma.


Meses depois o meliante, um famoso traficante da favela de Acari, foi preso e, no dia seguinte, apareceu “suicidado” em sua cela numa DP da Barra. No seu enterro, mulher e sogra denunciaram a farsa. Um mês se passou e apareceram mortas a tiros jogadas na Via Dutra.


Em março de 2020, 25 anos depois, Gustavo Bebiano, um dos responsáveis pela vitória do demônio em 2018, aparece morto em sua casa de campo em Teresópolis. Motivo? Infarto. Ele, que foi o primeiro a ser defenestrado do governo, morreu logo após ameaçar, numa entrevista ao Roda Viva, revelar os segredos do capitão e dos porões do Planalto e Alvorada.



Um mês antes, em fevereiro, o miliciano amigo da famiglia, suspeito de ser um dos mandantes da morte de Marielle Franco em 2018, é fuzilado pela PM na Bahia. Ato contínuo, o ex-interventor do Rio na época da morte da vereadora, general Braga Neto, assume a Casa Civil do governo da besta.


O homem responsável pelas câmeras de segurança do episódio do petista assassinado pelo fanático bolsonarista em Foz do Iguaçu e o diretor da Caixa responsável pelo caso do ex-presidente taradão do banco, aparecem mortos: suicídio, diz Polícia para os dois infortunados. Sei.


Milicos adoram infartos e suicídios. Dos incovenientes.


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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.


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