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Bolsonaro coloca general como presidente da Petrobras

Troca é feita após críticas do titular do Planalto à política dolarizada de preços dos combustíveis aplicada no Brasil

O general Joaquim Silva Luna, novo presidente da Petrobras foi presidente da Itaipu e ministro de Temer - Marcelo Camargo / Agência Brasil
O general Joaquim Silva Luna, novo presidente da Petrobras foi presidente da Itaipu e ministro de Temer - Marcelo Camargo / Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou em suas redes sociais nesta sexta-feira (19) que trocou o presidente da Petrobras. Sai Roberto Castello Branco e entra o general da reserva Joaquim Silva e Luna. O militar faria dois anos no cargo de diretor-geral da Itaipu no próximo dia 26.


A troca acontece depois de Bolsonaro criticar o aumento sucessivo nos combustíveis, em política comandada pela Petrobras. O titular do Planalto estava incomodado com a pressão popular por causa dessas altas. Neste ano, já foram anunciados quatro aumentos, o último na última quinta-feira (18).


Bolsonaro teme ainda que os caminhoneiros convoquem outra greve. Em 2018, então candidato à Presidência, ele apoiou o movimento, que prejudicou a economia. Mas agora não quer o mesmo sob seu governo e, por isso, acenou à categoria, anunciando que vai eliminar impostos federais sobre o diesel a partir de 1º de março.


Em sua live semanal nesta quinta-feira, ele reclamou dos aumentos sucessivos e disse que “alguma coisa” ia mudar na Petrobras.


Castello Branco era uma escolha do ministro da Economia, Paulo Guedes. Bem visto pelo mercado, tinha a missão de preparar a empresa para privatização.

Na nota que anuncia sua demissão, o governo tenta dar impressão de normalidade na troca, como se fosse esperado. O texto divulgado pelo Ministério de Minas e Energia diz que Luna chega “após o encerramento do ciclo, superior a dois anos, do atual presidente”.

O novo presidente Antes de dirigir a Itaipu, Luna tinha sido ministro da Defesa do governo Michel Temer.

Ele aparece envolvido no episódio do tuíte golpista do general Eduardo Villas Bôas. Em 2018, o então comandante do Exército tentou pressionar o STF para que não concedesse habeas corpus ao ex-presidente Lula, preso pouco tempo depois. Villas Bôas revelou em livro que a elaboração da mensagem teve participação da cúpula da Força que liderava.

Informações recebidas pelo jornal Folha de São Paulo dão conta de que o governo Temer se mobilizou para atenuar o conteúdo da mensagem. Segundo essas informações, Luna teria ficado chocado com o texto original.



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