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Cientistas argentinos pedem fechamento da fronteira com Brasil

Em carta com mais de 500 assinaturas, especialistas defendem que a cepa de Manaus pode levar a uma nova pandemia


Presidente Alberto Fernández em visita ao laboratório da Universidade de San Martin (UNSAM), em janeiro - Presidência Argentina
Presidente Alberto Fernández em visita ao laboratório da Universidade de San Martin (UNSAM), em janeiro - Presidência Argentina

Uma carta aberta dirigida ao presidente da Argentina, Alberto Fernández, lançada por cerca de 50 cientistas daquele país e que já reúne mais de 500 assinaturas, solicita o fechamento de fronteiras com o Brasil e o controle rígido de reingresso de residentes devido à nova cepa de Manaus do coronavírus. A carta segue aberta para receber novas adesões.


Denominada P1, a nova variante do vírus SARS-CoV-2 já foi detectada na Argentina e representa uma forte preocupação entre os cientistas do país. "Esta situação levou o Brasil a padecer um recente colapso sanitário acompanhado de mais de 2 mil mortes diárias, em mãos da gestão irresponsável e negacionista do presidente Jair Bolsonaro", descreve a carta.

Nesse sentido, o pedido de fechamento de fronteiras destaca o controle de pessoas vindas do Brasil. O pedido inclui o confinamento obrigatório de 14 dias para residentes que retornem à Argentina, independentemente dos exames diagnósticos que os viajantes apresentem ao embarcar.


"Evitar ou, pelo menos, retardar a circulação comunitária da variante P1 no país, enquanto a vacinação avança, poderia significar salvar milhares de vidas", apontam os cientistas. Quanto à "circulação comunitária", entende-se por um lugar situado onde se registram altos casos de contágio, onde a população deste local estaria mais exposta ao vírus.


A nova variante do coronavírus alarmou a comunidade científica mundial por apresentar características de maior transmissibilidade e mais casos de reinfecção. "Com esta nova variante, entre janeiro e fevereiro em Manaus, morreram mais pessoas que em todo anos de 2020", destacou o bioinformático Rodrigo Quiroga, em entrevista ao jornal Tiempo Argentino.


"A cepa de Manaus, além de contagiosa, tem alta capacidade de infectar pessoas que já tenham tido coronavírus. É como começar uma pandemia do zero", alerta Quiroga.

Na semana passada, a ministra de saúde Carla Vizzoti anunciou a extensão da atual etapa de distanciamento social na que se encontra o país. Na ocasião, destacou a necessidade de motivar as pessoas a não viajarem a "lugares onde haja circulação persistente desta cepa".


A cepa de Manaus está sob o radar das variantes mais perigosas segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que aponta também as da África do Sul e a da Inglaterra como mutações preocupantes do coronavírus.


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