Clima tenso no Barro Vermelho e queima de fogos no adeus a Pivete
PM afirma que intensificou patrulhamento na região
Moradores dos bairros do Pita, Santa Catarina e Barro Vermelho relatam nas redes sociais clima de tensão, mesmo após mais de 24 horas da morte do traficante Leilson Ferreira Fernandes, o Pivete, de 34 anos, ocorrida na noite de quarta (8), em confronto com policiais militares do 7º BPM.
Na quinta (9), dia seguinte à morte de Pivete, criminosos decretaram "toque de recolher" com fechamento do comércio da região. Já à noite, companheiros do crime exaltaram o traficante com a frase "PVT Eterno" em meio à queima de fogos de artifício. Tudo transmitido ao vivo em perfis do Facebook ligados ao Comando Vermelho (CV).
O tenente-coronel Aristheu de Góes disse que policiais do 7º BPM (São Gonçalo) permanecem com policiamento intensificado na região e que o o reforço no patrulhamento seguirá por tempo indeterminado.
“Estamos com o policiamento reforçado na região. Não tem prazo definido [para encerramento do patrulhamento especial]”, disse o tenente-coronel Aristheu ao jornal A Tribuna.
A morte
Pivete foi morto numa ação da PM onde seis pessoas foram baleadas. Todos estavam em uma casa na Rua Emília Maria Rodrigues, no Engenho Pequeno, onde estaria ocorrendo uma festa com dezenas de pessoas.
Foram quatro mortes ao todo. Dentre elas, a do DJ Jeffinho da China, músico celebridade do Baile da China, na Rua da Feira, atingido por tiros no braço e rosto.
O chefe do tráfico da Coreia, conhecido como Talarico, foi preso.
Foram apreendidos na operação três fuzis e quatro pistolas na casa.
Pivete, que controlava com mão de ferro o tráfico na Rua da Feira, Morro da Coreia e Zumbi, tinha oito mandados de prisão em aberto por homicídio, roubo, porte ilegal de arma, sequestro e cárcere privado.
O traficante, morto pela PM, é neto do lendário criminoso Ilson Fernandes, o Passarinho, que segundo investigações da polícia, integrou a primeira geração de pessoas da família ligadas ao controle do tráfico na Rua da Feira e também na comunidade da Coréia, no Pita.
Mesmo após o assassinato de Passarinho, em 2005, outros membros da família já foram investigados por suposta ligação com o tráfico.
Com informações de O São Gonçalo.