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Exército tem estoque de cloroquina para 18 anos. Einstein descarta prescrição do remédio. E agora?

Ministério Público pediu investigação do gasto de R$ 1,5 milhão e apura responsabilidade de Bolsonaro. Hospital paulista não recomenda tratamento da Covid com o remédio

Bolsonaro com medicamentos a base de cloroquina (Foto: Reprodução)
Bolsonaro com medicamentos a base de cloroquina (Foto: Reprodução)

De acordo com informação do ministério da Defesa, o estoque do Laboratório do Exército conta com 1,8 milhão de comprimidos de cloroquina em estoque.


O valor é cerca de 18 vezes a produção anual do medicamento nos anos anteriores. Sem eficácia comprovada contra o coronavírus, a cloroquina é usada para combater a malária.


Além dessa quantidade em estoque, um milhão de comprimidos que já foram direcionados ao Ministério da Saúde. O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, disse que não há previsão produzir mais desse remédio.


O ministro afirmou que “o laboratório químico produz cloroquina não por causa da Covid-19. Tem uma produção por causa da malária há muito tempo”.


O Ministério Público que atua junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu uma investigação do gasto de R$ 1,5 milhão pelo Ministério da Defesa para ampliar a produção do medicamento.


Foi pedida, inclusive, pelo subprocurador-geral, Lucas Furtado, a responsabilidade do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) na determinação de que aumentasse a produção do medicamento, sem que houvesse evidências científicas comprovando sua eficácia no tratamento da Covid-19.


A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza o uso do remédio nesses casos apenas em estudos.


O ministro classificou a potencial investigação como uma “especulação sem necessidade” e disse que a compra de cloroquina em pó foi feita conforme os requisitos legais. Segundo o ministério, o valor elevado se deve ao aumento do preço do insumo devido à pandemia global.


Einstein recomenda a médicos que não prescrevam cloroquina em casos de covid-19


E em comunicado distribuído hoje (26) a seus funcionários, o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, informou que “não recomenda” que médicos tratem pacientes da instituição com cloroquina.


O documento, assinado pela direção do hospital, afirma que não há evidências de que o medicamento reduz a mortalidade e o tempo de internação ou evite o uso de ventilação mecânica em pacientes graves. Também argumenta que possíveis benefícios da cloroquina não superam seus riscos.


O Einstein não tinha protocolo orientando o uso do medicamento —-até esta quinta-feira (25), cada médico podia decidir se o administrava ou não a seus pacientes, segundo o hospital informou à reportagem.


Ao ser questionada, na quinta-feira, se haveria a proibição do uso do remédio, a assessoria do hospital havia afirmado à reportagem do UOL que sim. Na manhã desta sexta-feira, a instituição informou que “não há uma proibição, mas uma recomendação para a não utilização nem em modo off label, ou seja, fora das indicações homologadas para os fármacos pela agência reguladora no Brasil, a Anvisa”.


Com informações de UOL.


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