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Fórum em SG discute suicídio e Saúde Mental da População Negra

O racismo é um fator de adoecimento e a causa das tantas mortes

No Brasil, a cada dez suicídios entre adolescentes e jovens, seis ocorrem entre negros, segundo o Ministério da Saúde. Neste mesmo cenário, adolescentes e jovens de 15 a 29 anos, sobretudo homens negros, representam os mais de 70% das pessoas assassinadas, entre 2007 e 2017, segundo o Atlas da Violência. O direito à vida e à saúde ainda é uma realidade distante quando falamos da maior parcela da população brasileira. Para pensar formas de promover cuidado e discutir políticas públicas que promovam qualidade de vida, a Secretaria de Saúde realiza na próxima segunda-feira (18) Fórum com o tema "Saúde mental da população negra". A atividade, gratuita, será no centro Cultural Joaquim Lavoura, a partir das 13h.


- Para nós é fundamental pensar o suicídio, a temática da depressão e ansiedade a partir daqueles que estão sentindo o corpo ser exposto e alvejado cotidianamente. E é importante falar sobre como essa imagem sempre muito selvagem e animalizada é construída sobre esses corpos racializados. Não tem como pensar em atenção psicossocial se não pensarmos na cor desses corpos que estão sendo tombados todos os dias - afirmou Tainara Cardoso, psicóloga, coordenadora técnica do Centro de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil (Capsi) de Alcântara e uma das organizadoras da atividade.  

A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra reconhece o racismo, as desigualdades étnico-raciais e o racismo institucional como determinantes das condições de saúde da população negra. Para a coordenadora de saúde mental do município, Cida Lobosco, a discussão é fundamental para se pensar a democratização e as especificidades no acesso à saúde.

 

- O racismo é sem dúvida um fator de adoecimento e a causa das tantas mortes da população negra neste país. Pensar o acesso à saúde e como possibilitar políticas públicas que acolham e não invisibilizem essa questão é fundamental - afirmou. 

A programação conta com uma roda de conversa com Lucileia de Souza Baptista, idealizadora e coordenadora do “Projeto Abayomi: Encontro Precioso”, graduada em Serviço social pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com ênfase em Serviço Social da Educação, Pós-graduanda do Curso em Ensino de Histórias e Culturas Africanas e Afro-brasileiras da IFRJ e membro do Grupo Ujima de Contadores de História Negra; Revolth Enam, produtor cultural do Sarau Filhos de Dandara e da Roda Cultural da Prainha (Niterói) e Ueslei Solaterrar da Silva Carneiro, graduado em psicologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), diretor do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Casa Verde, em Mesquita, mestrando em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social (UERJ) e professor substituto de Saúde Mental do curso de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


SERVIÇO

Local: Centro Cultural Joaquim Lavoura (Lavourão)

Avenida Presidente Kennedy, 721 - Centro - São Gonçalo

Horário: 13h às 16h30


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