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Feiras livres e quiosques já podem funcionar em Niterói

Atividades econômicas terão de cumprir regras de higiene, distanciamento social e uso de máscara para seguir atendendo seus clientes

Feiras funcionam sem restrições/Foto: Berg Silva
Feiras funcionam sem restrições/Foto: Berg Silva

Nesta terça-feira (08) chegou a vez de feiras livres e quiosques da orla da cidade retomarem suas atividades, dentro do Plano de Transição Gradual Para Um Novo Normal da Prefeitura de Niterói. As duas atividades econômicas estavam proibidas de funcionar desde março, quando começaram as medidas de restrição por causa da pandemia do novo coronavírus.


As feiras livres funcionarão nos horários habituais, já os quiosques só terão autorização para abrir nos horários em que as praias estiverem liberadas para atividades físicas individuais, das 6h às 12h30 e das 16h às 22 horas. Os locais devem seguir os protocolos sanitários estabelecidos pela Secretaria Municipal de Saúde com o objetivo de reduzir os riscos de transmissão de Covid-19 para os funcionários e clientes.


No primeiro dia de funcionamento, fiscais de posturas, da Secretaria Municipal de Ordem Pública, vistoriaram pela manhã as feiras de São Francisco e Piratininga. Ao longo do dia os quiosques da orla também foram fiscalizados. A Guarda Municipal deu apoio às ações e nenhuma irregularidade foi encontrada.


Nos quiosques, mesas e cadeiras só podem ser colocados junto ao estabelecimento, respeitando as regras de distanciamento social. Está proibido o uso de mesas e cadeiras na areia das praias. Nas feiras livres, está proibido o consumo de alimentos no local.


Para o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Oliveira, é muito importante que clientes e funcionários dos quiosques e feiras livres sigam todas as normas de segurança em relação à Covid-19:

- Estabelecemos protocolos para retomada dos quiosques e volta das feiras livres. É muito importante que os responsáveis por essas atividades sigam o que está estabelecido, mantendo assim a segurança da população e dos próprios funcionários. O retorno das atividades é orientado pelo Plano de Transição para o Novo Normal que continua sendo analisado diariamente e acompanhado pelo Comitê Científico, composto por profissionais da UFF, UFRJ e Fiocruz. Essas medidas só foram possíveis pelas ações adotadas pela Prefeitura, em conjunto com a conscientização da população - disse o secretário.


Rodrigo Braga, que divide com um casal de tios e o primo a administração de um quiosque na Praça da Boa Viagem, disse que a pandemia acabou com uma antiga piada entre os frequentadores do local, a de que o quiosque nunca fechava.


- Todos sempre brincavam com a gente por causa disso. Abríamos o quiosque todos os dias, de segunda a segunda, inclusive feriados, até no Natal a gente abria. Os clientes mais tradicionais diziam que nada derrubava a gente e que nem o Plano Collor conseguiu. Agora, ficamos 172 dias com o quiosque fechado e é uma alegria enorme poder reabrir - disse Rodrigo Braga.


Mas os clientes vão ter que esperar mais um pouquinho, Rodrigo e seus parentes passaram esta terça-feira preparando tudo para a reabertura, que só acontece amanhã. “Hoje (terça), passamos o dia higienizando tudo, fazendo as marcações para o distanciamento social e treinando os funcionários. Abrimos nesta quarta com a certeza de continuar trabalhando todos os dias, como fazíamos antes, desde a inauguração do quiosque em 1983”, destacou.


Quem também ficou muito animada com a volta ao trabalho foi a feirante Marcilene do Nascimento Telles Batista. Ela vende tapioca nas feiras de São Francisco, às terças; de Vital Brazil, às quartas; e da Lopes Trovão, em Icaraí, aos sábados.  Ela conta que desde o início da pandemia teve problemas para vender e entregar seus produtos a poucos clientes e que agora espera recuperar sua fonte de renda.


- Passei por momentos difíceis e estou muito animada com esse retorno. Estou tomando muito cuidado com todas as medidas de segurança e orientado os clientes. Encomendei até plaquinhas com dicas de segurança para colocar na minha barraca. Sinto como se estive recomeçando do zero o meu empreendimento e espero conquistar novos clientes - disse Marcilene Batista.


Quiosques

Para o funcionamento dos quiosques, os comerciantes têm que disponibilizar álcool em gel 70%, antissépticos ou sanitizantes de efeito similar para o público e os funcionários, em locais estratégicos e de fácil acesso. Os estabelecimentos deverão fornecer equipamentos proteção individuais aos colaboradores, afastar funcionários que apresentarem sintomas de Covid-19 e ainda utilizar barreiras entre os funcionários e clientes, quando possível.


Os quiosques deverão organizar os clientes para acomodação em mesas, com delimitação de áreas, e ter um funcionário organizando o espaço para evitar aglomeração. Devem também manter o distanciamento entre as mesas. As calçadas deverão ter marcação para fila de espera, mantendo o distanciamento de 1,5 metro entre as pessoas. Mesas e cadeiras não poderão ser colocadas nas areias das praias.


As mesas e cadeiras deverão ser higienizadas a cada troca de clientes. Os quiosques deverão manter controle rigoroso da higiene dos ambientes e das superfícies que possam ser tocadas. Os balcões deverão estar interditados. Não está autorizado o sistema de buffet ou similar e nem show de música ao vivo. Fica permitido aos quiosques o funcionamento para atividades de delivery.


O uso de máscaras é obrigatório quando estiver em recinto coletivo. As máscaras só devem ser retiradas pelos clientes na hora das refeições.


Feiras

Os comerciantes que trabalham nas feiras livres também terão que disponibilizar álcool em gel 70% e deverão manter o distanciamento de pelo menos 1,5 metro entre uma barraca de outra, assim como a demarcação do chão para distanciamento dos clientes. O atendimento deve ser feito a uma pessoa por vez. Também valem todas as recomendações de higiene e sanitização.


Os funcionários só poderão utilizar aventais ou uniformes no local de trabalho. Pessoas do grupo de risco ou acima de 60 anos não devem ter contato com o público, assim como pessoas que residem com pessoas do grupo de risco.


Os feirantes deverão adotar medidas para diminuir a intensidade e a duração do contato pessoal. O uso da máscara é obrigatório assim como a sua troca a cada duas horas. A recomendação é que apenas um funcionário fique encarregado de manipular dinheiro e que o mesmo evite o uso de adornos como anéis, pulseiras ou cordões. É vedada a oferta para experimentação de frutas e outros alimentos no momento das compras.


Os instrumentos, como balanças, utensílios e cestas, devem ser higienizados antes e após o uso. A higienização das mãos do profissional deve ser feita a cada 30 minutos. É recomendado que os clientes levem suas próprias sacolas.


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