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Filhos da Pátria, por Rafael Abreu


Imagem: Jornal Metrópole
Imagem: Jornal Metrópole

Esse dia dos pais da pandemia, me trouxe algumas reflexões importantes. 


Uma delas é o  quão é difícil educar e cuidar de uma criança.


Nós homens, não estamos condicionados a realizar certas tarefas do nosso cotidiano como atividades domésticas, cozinhar e cuidar de nossos filhos.


Aos pais é dado a tarefa de ser o provedor da família e trazer a caça e a colheita, mas com o passar dos anos muita coisa mudou em nossa sociedade. Hoje em dia as mulheres também trabalham e ajudam a caçar e a colher, mas o que a maioria dos homens ainda não se deu conta é que as mulheres acumularam diversas funções com o passar do tempo e além de trabalhar e estudar, elas também continuam a cuidar dos afazeres domésticos e de seus filhos, em muitas das vezes sozinhas, cabe a elas a tarefa de educar e criar essas crianças.


Muitas assumem o papel de "pãe" devido a omissão e a falta de caráter de alguns homens.


No Brasil de hoje, existem mais de 5 milhões de crianças sem a filiação do pai na certidão de nascimento.


Esse número é alarmante e retrata o abandono paterno e a irresponsabilidade da nossa sociedade para com esse tema.


O drama dessas crianças e dessas mulheres que criam os filhos sem a presença e a participação da figura paterna, só conhece quem vive na pele. Muitos traumas são desencadeados nessas crianças e nessas mulheres por isso.

Muitas crianças que não tem o registro do pai  na certidão ou foram criadas sem a presença dele, não gostam dessa data comemorativa.


Por esse motivo, algumas escolas de São Paulo, pensaram em mudar datas comemorativas como o dia dos pais e o dia das mães, para o dia dos cuidadores ou o dia da família, visando a inclusão dessas crianças.

Muitas crianças do nosso Brasil são criadas pelos avós e tios. Em alguns casos, algumas crianças adotivas ou biológicas, são criadas por casais homossexuais. 

Na última semana, uma notícia repercutiu mais do que as 100 MIL MORTES POR COVID NO BRASIL.


Thamy Gretchen era anunciado pai do ano! rs


Eu confesso que essa notícia me fez refletir sobre esse assunto e sobre a importância da presença paterna na construção de um ser humano.

Podemos negar o direito a paternidade de Thamy Gretchen?


Podemos negar o direito ao amor e a um lar, a essas crianças na fila de adoção, abandonadas por pais héteros?


Sei que esse é um tema tabu, que divide opiniões dentro da nossa sociedade, mas existem muitas coisas que precisam ser revistas e repensadas, para o bem das nossas futuras gerações.

Eu sou Rafael Abreu, colunista Daki

Rafael Abreu escreve semanalmente para o Jornal Daki.




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