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Gonçalenses vão às ruas pelo Fim da Violência contra a Mulher

O evento contou ainda com a participação dos movimentos de Mulheres de São Gonçalo e outras entidades

Prefeito José Luiz Nanci puxou a Caminhada/Foto: Divulgação
Prefeito José Luiz Nanci puxou a Caminhada/Foto: Divulgação

“Depois de 16 anos de casada fui agredida pelo meu marido pela primeira e última vez. Ele chegou em casa de madrugada e eu só queria conversar sobre o nosso relacionamento e isso foi o suficiente para ele começar a me agredir, atingindo meu rosto e ombros e ainda me jogou contra a parede, fiquei muito machucada. Esperei amanhecer e procurei uma delegacia para registrar o boletim de ocorrência e depois entrei com ação de divórcio. Hoje faz 14 anos que meu pai morreu e ele me ensinou a lutar pelos meus direitos e essa data representa muito para mim. Precisamos seguir lutando por igualdade e dizer não à violência contra a mulher”, relatou a funcionária pública C.L.F., 52 anos, que estava entre as centenas de pessoas que participaram, neste domingo (8), da 8ª Caminhada em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, em São Gonçalo.

Com o tema “São Gonçalo de Mãos Dadas Pelo Fim da Violência Contra a Mulher – Não ao Feminicídio”, o ato realizado pela Secretaria Municipal de Políticas Públicas para o Idoso, Mulher e Pessoa com Deficiência (Semimd), através da Subsecretaria da Mulher, teve início na Rua Coronel Serrado, em frente ao INSS, e seguiu até a Praça Dr. Luiz Palmier, no Rôdo.

O prefeito José Luiz Nanci também marcou presença na caminhada e destacou a importância da mulher na sociedade.


- Mais do que comemorar, o Dia Internacional da Mulher é um momento para refletir sobre a trajetória de lutas e conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres que vêm se destacando cada vez mais na nossa sociedade e sabemos o quanto ainda precisamos avançar na igualdade de direitos - afirma Nanci.

Integrantes do Movimento Mais Primavera, que atua em questões sociais, educacionais e políticas de São Gonçalo, também participaram do ato e carregaram placas com dizeres como "Silenciadas Nunca Mais", em protesto pelo fim da violência.


- Para ter hoje no calendário o Dia Internacional da Mulher, muitas mulheres sofreram lá atrás. Só o fato de estarmos aqui, juntas, caminhando nesse ato, é uma conquista nossa. Não é um dia para comemorar, mas sim de lembrar da luta por liberdade de expressão e liberdade da mulher - destaca Rayane Nunes, coordenadora do movimento.


No Rio de Janeiro, a cada cinco dias uma mulher é vítima de feminicídio. Segundo a subsecretária de Políticas Públicas para a Mulher, Andréa Machado, é preciso que as mulheres se unam até que não haja mais registros de nenhum tipo de violência.


- Quero parabenizar a todas as mulheres por esse dia tão especial e agradecer a sociedade civil por se unir a nós em atos como a nossa 8ª Caminhada pelo Fim da Violência A nossa luta é por igualdade e respeito pela vida das mulheres. Precisamos seguir marchando até que não tenhamos mais feminicídios, nem estupros e nem qualquer outro tipo de violência que destrói os nossos sonhos e a nossa alma. Queremos um mundo mais justo e de paz, sem machismo porque ele oprime, condena, crucifica e mata. A mulher não deveria cobrar respeito, que deve ser algo intrínseco nas relações. Nós temos o nosso valor. Basta de violência - relata Andréa.

O evento contou ainda com a participação dos movimentos de Mulheres de São Gonçalo e de Mulheres Negras, o Conselho Municipal de Defesa das Mulheres, Fórum de Mulheres de São Gonçalo, Enfoco em Defesa do Empreendedorismo, Cruz Vermelha e Cedae. A cantora gonçalense Taiane Corrêa fez uma participação especial cantando sucessos da atualidade.


A secretária da Semimd, Marta Maria Figueiredo, ressalta a importância da participação da população e dos movimentos sociais nesses eventos.


- Essa caminhada é uma oportunidade de discutir junto aos diversos movimentos sociais, e a população de um modo geral, formas de enfrentamento à violência contra a mulher. É um momento que gera uma reflexão em todos os âmbitos da sociedade. É preciso promover ações e espaços de escuta para que políticas efetivas possam contribuir para o fim da violência contra a mulher - afirma Marta.


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