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Governo transfere R$ 27 bi a acionistas da Petrobras em cima do lombo do povo

Transferência antecede novo reajuste de 12% na gasolina e de 24% no diesel. Política de paridade com o dólar arrebenta com o país

(crédito: Ed Alves/CB/DA.PRESS)
(crédito: Ed Alves/CB/DA.PRESS)

De Fórum - Entregue ao mercado financeiro desde o golpe de 2016, quando adotou a política de paridade internacional de preços - mantida por Jair Bolsonaro (PL) -, a Petrobras deve anunciar nesta quinta-feira (5) mais R$ 27,6 bilhões de dividendos a acionistas, resultado de um lucro líquido de R$ 42,6 bilhões no primeiro trimestre de 2022, segundo projeções do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep).


A nova distribuição de dividendos acontece menos de seis meses após a estatal brasileira enviar R$ 101 bilhões aos acionistas - resultado do lucro de R$ 106 bi da empresa em 2021 - e deve vir acompanhada de um novo reajuste nos preços dos combustíveis, de 12% na gasolina e 24% no diesel, segundo a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom). Há dois dias, a estatal já elevou em 19% o preço do Gás Natural Veicular, o GNV.


Segundo Mahatma Ramos dos Santos, Pesquisador do Ineep e do núcleo de estudos Desenvolvimento, Trabalho e Ambiente (DTA-UFRJ), há uma relação intrínseca entre o aumento dos preços dos combustíveis e dos lucros dos acionistas da estatal brasileira.



"Como dito pela direção da empresa, hoje seu foco ou 'pilar' é “gerar e distribuir valor” e, eu acrescento, em especial aos seus acionistas privados", diz Santos, que participou do estudo que fez a projeção dos lucros e dividendos da companhia.


Segundo ele, os principais beneficiados dessa política - mais de 45% - são de investidores estrangeiros, que compram ações da Petrobras na Bolsa de Valores de São Paulo e na Bolsa de Nova York.


"A atual composição acionária da Petrobras, garante que parte majoritária dos lucros distribuídos se dirijam aos seus acionistas privados (não -brasileiros e brasileiros) e não ao grupo de controle (governo federal e BNDES)", explica.

 

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